Cientistas quebram limite teórico com décadas e criam a prata mais forte do mundo

(dr) Joshua Brown

Cientistas criaram a prata mais forte de sempre, quebrando assim um limite teórico com décadas relacionado com a força de metais e a sua condutividade elétrica.

Uma equipa de investigadores conseguiu criar prata muito mais forte do que o normal e mantendo a sua condutividade elétrica. Os cientistas aproveitaram-se dos defeitos deste metal, que por vezes são responsáveis por problemas como a sua fragilidade e amolecimento.

Às vezes estes defeitos são disfarçados combinando outros metais para ajudar a disfarçar o problema. Contudo, normalmente a adição de novos metais tem um custo inerente: a perda de condutividade elétrica.

Foi aqui que cientistas encontraram um nicho e conseguiram criar prata mais forte e ao mesmo tempo condutora elétrica. Os resultados do estudo foram publicados no mês passado na revista científica Nature Materials.

De acordo com o New Atlas, para conseguirem estas duas características na prata, misturaram uma pequena quantidade de cobre. Desta forma, o metal tornou-se 42% mais forte e manteve-se um condutor elétrico. Com isto, conseguiram superar aquela que é conhecida como a relação de Hall-Petch.

Este é um limite teórico que estabelece que, à medida que os grão de um metal se tornam mais pequenos, o próprio material fica mais forte. Contudo, diz que cada se os grão ficarem demasiado pequenos, o material fica instável e mais fraco.

Os cientistas conseguiram ultrapassar este limite teórico com décadas ao criar esta prata. Como os átomos de cobre são um pouco menores do que os de prata, tendem a cair nos defeitos, fortalecendo o metal. Além de lhe garantirem dureza, também não impedem a eletrocondutividade do material.

Batemos o recorde mundial e o limite de Hall-Petch, não apenas uma vez, mas várias vezes no decorrer do estudo. Espero que a abordagem possa ser usada para ser aplicada em muitos outros metais. Esta é uma nova classe de materiais e estamos apenas a começar a entender como funcionam”, explicou Frederic Sansoz, da Universidade de Vermont, citado pelo Tech Explorist.

“Como uma espécie de jiu-jitsu em escala atómica, os cientistas tiraram vantagem dos defeitos, usando-os para fortalecer o metal e manter a sua condutividade elétrica”, acrescentou

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