O Partido Popular Europeu (PPE), família política que integra PSD e CDS-PP, mantém-se como a principal família política do Parlamento Europeu, com 211 assentos, seguido dos Socialistas, com 193 lugares, segundo projeções divulgadas em Bruxelas.
O PPE desce relativamente à anterior legislatura (detinha 273 assentos), mas tem mais 18 deputados que o S&D (grupo que integra o PS), enquanto os Liberais conquistam 74 assentos.
O Grupo da Esquerda, que integra PCP e Bloco de Esquerda, reúne 47 deputados, sendo o quinto maior grupo, atrás dos Verdes europeus (58).
O PPE reivindica assim o cargo de presidente da Comissão Europeia, ao qual apresentou como candidato o luxemburguês Jean-Claude Juncker.
“O Partido Popular Europeu está prestes a ganhar as eleições europeias e reivindica a presidência da Comissão Europeia“, escreveu Juncker na sua conta do Twitter.
Espanha: PP no poder vence eleições e maiores partidos perdem apoio
O Partido Popular (PP) de Mariano Rajoy, no Governo em Espanha, venceu as eleições europeias, apesar de, tal como o maior partido da oposição, o PSOE, ter perdido apoio significativo face a 2009, segundo os primeiros dados oficiais.
Com 97,59% dos votos escrutinados, o PP obteve 26,03% dos votos, elegendo 16 deputados, com o PSOE a obter 23,04% e a eleger 14 deputados.
A Esquerda Plural obteve 9,99% dos votos e seis deputados, o grupo cidadão Podemos obteve 7,93% e elegeu cinco deputados, a UPyD obteve 6,46% e quatro deputados e a Coligação pela Europa teve 5,45% e três deputados.
França: Frente Nacional vence com resultado histórico
A Frente Nacional (FN, extrema-direita) garantiu uma larga vantagem nas eleições europeias na França com um resultado histórico de 25%.
A FN, liderada por Marine Le Pen, beneficiou da impopularidade recorde do poder socialista e da divisão da direita, bem como do crescente euroceticismo entre os franceses, segundo a agência noticiosa AFP.
Na segunda posição surge a conservadora União para uma Maioria Popular (UMP), com pouco mais de 20%, enquanto o Partido Socialista de François Hollande (PSF, no poder), é relegado para a terceira posição com pouco mais de 14%.
Centro-esquerda vence em Itália
O Partido Democrático (centro-esquerda) do primeiro-ministro Matteo Renzi venceu as eleições europeias em Itália com 33% dos votos.
A segunda força mais votada foi o Movimento 5 Estrelas do ex-humorista eurocético Beppe Grillo, com 26,5%. O partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, Forza Italia, obteve 18%, sendo a terceira força mais votada.
A participação dos eleitores foi de 48,6%, segundo números oficiais provisórios divulgados pelo Ministério do Interior italiano.
Merkel ganha na Alemanha
O partido de Angela Merkel (CDU) é o mais votado nas eleições europeias na Alemanha.
A CDU, de centro-direita, deve conseguir 36% dos votos, mas longe dos 41,5% conseguidos nas legislativas do ano passado.
Os social-democratas do SPD, parceiros da CDU no Governo, devem alcançar os 27,5%, segundo a televisão ARD. Os eurocépticos da AfD podem chegar aos 6,5%, acima dos 4,7% das legislativas.
Syriza vence na Grécia
As eleições europeias na Grécia deram a vitória à extrema-esquerda do Syriza e colocaram a extrema-direita da Aurora Dourada em terceiro.
É a primeira vitória do Syriza e a primeira vez que o Aurora Dourada chega ao Parlamento Europeu.
Os resultados oficiais dão 26,7% ao Syrisa, de Alexis Tsipras, contra 22,8% da Nova Democracia, de Antonis Samaras e 9,3%, ao Aurora Dourada.
ZAP/Lusa