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Possível obra de Banksy surge na parede de uma famosa prisão. Pode representar Oscar Wilde

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Smuconlaw / Wikimedia

Prisão de Reading, no Reino Unido

Um graffiti possivelmente pintado pelo famoso artista de rua Banksy apareceu durante a noite no lado de fora de uma parede da prisão de Reading, no Reino Unido.

Na madrugada desta segunda-feira, a obra foi avistada no lado de fora da já fechada prisão de Reading, no Reino Unido. O graffiti mostra um homem vestido com um uniforme às riscas de prisioneiro, escalando a lateral do prédio com uma corda com nós. Abaixo do homem, a corrente é mostrada como feita de papel e a sair de uma máquina de escrever.

Banksy ainda não confirmou se esta obra é da sua autoria. A CNN relata, contudo, que o estilo combina com o trabalho do artista de rua mais misterioso do mundo.

Enquanto isso, de acordo com o jornal britânico The Independent, há quem especule que o homem possa representar o poeta irlandês Oscar Wilde, que esteve preso naquela mesma cadeia entre 1895 e 1897 sob a acusação de indecência grosseira com outros homens.

Após a sua libertação da prisão, Wilde escreveu o poema “The Ballad of Reading Gaol”, que era uma reflexão sobre o tempo que passou a cumprir a sua pena.

Recentemente, foi lançada uma campanha para salvar o edifício listado como Grau II, após o seu encerramento em 2014.

As obras de arte de Bansky refletem temas como a guerra, a pobreza infantil e o meio ambiente. Os seus trabalhos são satíricos – ratos, polícias a beijarem-se, polícias de choque com caras de smileys amarelos – e apareceram inicialmente em paredes de Bristol, antes de se espalharem por Londres e depois pelo resto do mundo.

A identidade de Banksy permanece um mistério, mas os seus trabalhos têm alcançado valores elevados em leilões. Em outubro de 2018, uma obra de Banksy destruiu-se depois de ser vendida por 1,04 milhões de libras (1,18 milhões de euros). O próprio autor divulgou uma fotografia no momento em que o quadro “Girl with balloon” se desfazia em tiras ao passar por uma trituradora de papel instalada na parte inferior do quadro.

Em outubro de 2019, um óleo, que representa a Câmara dos Comuns, ocupada por chimpanzés, foi arrematada pelo valor recorde de 9,8 milhões de libras (11 milhões de euros).

 

 

Maria Campos, ZAP //

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