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Óleo de Banksy com chimpanzés na Câmara dos Comuns atinge valor recorde de 11 milhões de euros

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O quadro “Devolved Parliament”, de Banksy.

Um óleo do artista Banksy, que representa a Câmara dos Comuns, ocupada por chimpanzés, foi arrematada na noite de quinta-feira pelo valor recorde de 9,8 milhões de libras (11 milhões de euros).

De acordo com a leiloeira Sotheby’s, que levou a obra à praça, o quadro a óleo foi pintado em 2009 e “oferece uma visão premonitória da cada vez mais tumultuosa vida política, no Reino Unido contemporâneo”. O preço final do quadro superou as expetativas, que o colocavam entre 1,5 milhões e dois milhões de libras (de 1,69 milhões a 2,25 milhões de euros).

No quadro, que tem a dimensão de 4,20 por 2,50 metros, todas as bancadas da Câmara dos Comuns estão ocupadas por primatas, assim como a galeria do público, simulando o instantâneo de um debate. Banksy expôs o quadro pela primeira vez numa exposição em Bristol, em 2009, tendo mobilizado 300 mil visitantes.

Numa primeira fase, a obra teve por título “Question Time” (“Sessão de perguntas”), numa alusão ao debate semanal com o governo britânico, nos Comuns. Mais tarde, o artista alterou o título para “Parliament devolved”, algo como “Parlamento transferido”. O atual proprietário do quadro adquiriu-o a Banksy, em 2011, segundo a Sotheby’s.

Na conta oficial de Banksy no Instagram, após o leilão, apareceu uma mensagem de lamento do artista, por já não ser o dono da obra: “Preço recorde para pintura de Banksy estabelecido esta noite, em leilão. É uma pena já não a ter”.

“Keep It Spotless”, vendida em 2008 pela Sotheby’s, em Nova Iorque, foi a obra de Banksy a atingir o valor mais alto em leilão, até agora, ao ser vendida por 1,87 milhão de dólares (1,7 milhões de euros, ao câmbio atual).

No ano passado, a pintura a spray “Rapariga com balão vermelho”, um dos trabalhos mais conhecidos de Banksy, autodestruiu-se depois de ter sido leiloada por mais de um milhão de libras (1,2 milhões de euros).

Banksy, cuja identidade permanece desconhecida, distinguiu-se pelos seus graffiti em ‘stencil’ que começaram a surgir em Bristol, no final dos anos de 1990.

// Lusa

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