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Portugal vende dívida com juros negativos

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Perpetual Tourist / flickr

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Portugal colocou esta quarta-feira 1.150 milhões de euros, acima do montante indicativo, em Bilhetes de Tesouro (BT) a três e a 11 meses às taxas de juro de -0,013% e 0,021%.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg, Portugal colocou 400 milhões de euros de BT a três meses a uma taxa média negativa de 0,013%, abaixo da taxa positiva de 0,044% registada no anterior leilão comparável, que se realizou em junho.

Hoje, o IGCP emitiu também 750 milhões de euros de BT a 11 meses, a uma taxa de juro média de 0,021%, abaixo da taxa registada no leilão comparável anterior, de 0,159%, que também se realizou em junho.

A agência liderada por Cristina Casalinho anunciou um montante indicativo global entre os 750 e os 1.000 milhões para os dois leilões de hoje de BT, que têm maturidades em novembro de 2015 e em julho de 2016.

A procura foi de 3,14 vezes a oferta no leilão a três meses e 2,01 vezes a oferta no leilão a 11 meses.

Segundo uma análise do diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, à emissão de hoje, o facto de as duas taxas serem próximas do zero está a permitir ao país “substituir dívida antiga com taxas mais elevadas por dívida nova com taxas mais baixas, com evidentes ganhos”.

/Lusa

6 Comments

  1. Quando foi a Alemanha, a Espanha a beneficiar destas maturidades a (zero) 0% juros(!!!) passou a haver por aí umas aves de agoiro a chilrear e agora com Portugal também a beneficiar de juros negativos, aquelas que chilreavam passaram a zurrar e certamente o António Costa não precisa de estar perante sino-plateias para mostar o que sabe e sente por dentro..

    • Olha o outro com as teorias (barbaridades) do costume…
      Só por acaso, se normalmente os juros não fossem um completo roubo (agiotas), talvez, de vez em quando, não houvessem estas tretas dos juros negativos (só para a “fotografia”)…
      Digo eu, que não ando por aí a comer “gelados com a testa”…

      • Pela 3ª vez desde aquele abril um único partido vergou de cócoras Portugal a pedinte de ajuda externa… A maioria do povo português é que não. Lutou e defendeu a sua independência pela autonomia financeira e económica contra o sufoco da vida, contra os garrotes sucessivos libertou-se pela credibilidade apesar de alguns de gelado na mão tendencialmente preferirem manter-se de cócoras como se de uma sina se tratasse…

  2. Confesso que fiz scroll da pagina para baixo mesmo antes de acabar de ler a notícia tanta era a curiosidade para ler as dezenas de comentários.

    Pegar num país em banca rota num contexto de crise mundial generalizada e em apenas 4 anos conseguir dar confiança para que investidores paguem para poder comprar e ter dívida do nosso país é algo que não se consegue com retórica.

    Tudo muito caladinho!

    Há 4 anos votei contra o PS. Este ano vou votar a favor do PSD.

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