Andar na rua de uma cidade portuguesa nos dias de hoje é tranquilizante. As pessoas mantêm a sua distância, de uma forma sensata e não hostil.
Segundo a Forbes, muitos portugueses utilizam máscaras na rua e as filas de espera fora das farmácias são organizadas.
É difícil encontrar panfletos, mensagens rabiscadas, grandes manifestações ou outros sinais de oposição às restrições relacionadas com a pandemia.
A sensação de tranquilidade é favorecida por uma taxa de vacinação contra a covid-19 bastante elevada.
Após uma onda devastadora de casos de SARS-CoV-2 no início de 2021, Portugal tornou-se, subitamente, um dos líderes mundiais na vacinação contra a covid-19. Quase toda a população elegível está agora vacinada.
A forte liderança do chefe da task force nacional de vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, agora chefe do Estado-Maior da Armada, pode ser um dos fatores que influenciou, embora alguns discordem do seu estilo militarista.
Outra razão pela qual Portugal tem uma das maiores taxas de inoculação pode ser a presença relativamente menor de pessoas anti-vacinas no país.
Mas não se trata apenas de vacinação. A Forbes realça a existência de filas longas e organizadas nos vários centros de testes gratuitos, o uso universal de máscaras, muitas vezes de tipo médico, em espaços fechados, a prevalência do uso de máscaras ao ar livre e a recusa de clientes por parte de muitas empresas, por não terem realizado testes de covid-19 recentemente.
Tudo aponta para um conforto da população com as restrições pandémicas, que mudam frequentemente, sem a tensão e o ceticismo que se tem verificado noutros países da Europa.
A Forbes nota também que não existem grandes protestos anti-confinamento, mas sim um elevado grau de respeito pelas regras impostas pelo governo.
Na verdade, Portugal tem um movimento populista notoriamente mais fraco do que outros países do Sul da Europa, em parte relacionado com uma forte confiança no governo, num país que só emergiu da ditadura nos anos 70.
De acordo com o estudo publicado na Taylor & Francis Online, em fevereiro de 2021, pelos cientistas políticos Elisabetta De Giorgi e José Santana-Pereira, a confiança no governo durante a primeira parte da pandemia foi mais elevada em Portugal do que em Espanha, Itália, e Grécia.
As taxas de aprovação governamental em Portugal aumentaram entre 2019 e 2020, possivelmente devido a um consenso entre os partidos políticos mais elevado do que em outros países.
A confiança no governo continuou, de alguma forma, nas fases posteriores à pandemia. Um inquérito realizado entre outubro e novembro de 2020, por Gisela Gonçalves, Valeriano Piñeiro-Naval e Bianca Persici Toniolo, mostrou que a maioria das pessoas inquiridas considerava que a comunicação governamental relativa à saúde pública era oportuna e fiável.
A confiança nas autoridades médicas era ainda maior do que nas políticas, com relativamente poucos cidadãos seguros em relação à informação partilhada através dos meios de comunicação social.
Também numa pesquisa realizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos entre março e maio de 2021, 86% dos inquiridos acreditavam que as restrições à liberdade relacionadas com o novo coronavírus eram justificadas. Ao mesmo tempo, 43% eram da opinião de que a democracia se tinha enfraquecido.
Não é fácil replicar o cumprimento das restrições de saúde pública de Portugal em países com economias, populações e, principalmente, histórias políticas distintas.
O sucesso de Portugal em assegurar a adesão às medidas de restrição salienta um processo longo e difícil de criar confiança entre o público, os estabelecimentos médicos e as autoridades políticas, que se revelaram críticos durante as emergências de saúde pública.
Coronavírus / Covid-19
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Perfeito. Um país exemplar e perfeitamente qualificado para ser um protectorado Chinês. Uma espécie de Macau nos confins ocidentais da Europa.
Protetorado chinês, essa é boa! O que você queria era a pata do Steve Bannon a pisarmos os miolos.
A verdade porque a população Portuguesa aceita tudo, é principalmente porque +/- 75% da população depende direta e indiretamente do estado Português.
Se tivessem que trabalhar a “sério” para pagar as despeças, haveria de certeza mais oposição…
Isto só demonstra como Portugal esta tão perdido e desorientado…
Quando vier outra crise como em 2011 estaremos completamente na desgraça!
O «trabalhar “a sério”» diz tudo de si: narrow-minded (em inglês para ser mais chic).
Nós sabemos como uma ditadura nos pode deixar pobres, sem estudo, sem saúde e a emigrar aos milhões para França. Portanto, é mais difícil as máquinas extremistas que afetam outros países tenham eco aqui. Não temos dúvidas do bem que é o SNS, como poderíamos deixar de ter confiança nele? Que ocorreu à nossa taxa de mortalidade infantil desde que deixamos a ditadura? De uma vergonha para uma das melhores do mundo.
Da minha parte, só posso dizer que quanto mais conheço e viajo pelo mundo mais eu adoro Portugal, e no inicio eu não gostava assim tanto! Certamente não seremos uma perfeição enquanto nação, mas somos uma grande nação, com um povo incrível e especial, disso não tenho a menor dúvida.
Ha umas poucas palavras que explicam isso, “inteligencia”? “Bom senso”?
Ou digamos que o português é uma ovelha mais mansa.
E aqui temos mais um “verdadeiro” português!…
Oh “George”
Vai-te embora, no Capitólio, tens ovelhas mais bravas.
Vou-me embora? Já estou cá há mais de 46 anos. Não há país no planeta, como este. Vocës, os insignificates, que tão mal falam de nós nunca saberão o orgulho de ser Americano.
Aahahaaaaa… e nota-se logo!…