Invictas, 273 golos marcados, 0 golos sofridos. A história vai repetir-se?

FC Porto

FC Porto feminino estreou-se com goleada (6-1) frente ao Marco 09.

Mas a acontecer, desta vez será na Invicta: novas azuis e brancas já começaram a dar sinais do que aí vem.

André Villas-Boas bem avisou: é para “partir a casa toda”.

A primeira equipa de futebol feminino do Porto tem um par de meses, mas já começa a deixar sinais do que aí vem: goleada atrás de goleada.

As novas azuis e brancas abriram o campeonato este domingo com ‘chapa seis’ no Dragão (6-1) frente ao Marco 09, com direito a hat-trick da ponta-de-lança luso-ucraniana, Verónica Khudyakova — já leva 5 golos em 2 jogos.

As portistas arrancam a partir do último escalão nacional, mas já deixaram o aviso duas vezes no último mês: bateram o recorde de assistência no futebol feminino português em goleada caseira (9-0) frente ao União de Leiria e estrearam-se oficialmente a vencer (0-3) na primeira eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Académico.

“Partir a casa toda” com jogadoras “à Porto”

“Estou seguro que, daqui a dois anos, já estaremos na Primeira Divisão a partir a casa toda”, disse o novo presidente do clube, Villas-Boas, no balneário das novas craques.

O objetivo do projeto — que o Porto foi, de certa forma, forçado a implementar — é crescer, subir de divisão e “criar o modelo de jogadora à Porto”.

O plantel muito jovem, com uma média de pouco mais de 20 anos de idade, chega para “dar um contributo importante para o futebol feminino português”, garantiu ao Jornal de Notícias o diretor do novo projeto, José Manuel Ferreira. O FC Porto reforçou que este “projeto assente na deteção de atletas jovens e de futuro” é “um dos principais compromissos desta direção”.

“Não vamos esconder nem escamotear que queremos chegar à II Divisão e estar na Liga no terceiro ano do projeto”, reforçou.

Uma das primeiras medidas? “Acelerar a recuperação de anos de atraso relativamente à implementação de um projeto estruturado ligado ao futebol feminino”.

Se acelerar como o rival Benfica acelerou, vai certamente haver ‘festa’ de golos a época inteira na terceira divisão feminina.

O exemplo do ‘passeio’ encarnado de 2018/19

Quando o rival Benfica se estreou no futebol feminino, na 2.ª divisão, em 2018/19, foi um autêntico ‘passeio’ para as encarnadas: 16 jogos, 16 vitórias, 273 golos marcados, 0 golos sofridos. Darlene Reguera terminou em destaque: 69 golos de águia ao peito — uma média de mais de 4 golos por jogo.

A maior goleada foi frente ao CP Pego: 32-0 para as águias. Mas quem acompanhou o campeonato de 16 jornadas também testemunhou duas vitórias do Benfica por 28-0, uma por 26 e outra por 22 golos, cujo maior obstáculo foi a equipa B do Sporting (que mesmo assim saiu ‘esmagada’ por 4-0 e 0-10 frente às águias).

Na época seguinte, já na primeira divisão, voltaram a ‘varrer’ tudo (exceto a taça de Portugal). Em 15 jogos, a equipa recém-nascida marcou 101 golos e sofreu apenas 4. Perdeu uma vez, frente ao Sporting (3-2).

Olhando para trás, esperam-se muitas mais goleadas daqui para a frente, agora mais a Norte. Mas a aposta é diferente no Dragão.

A ideia do Porto passa pelas implementações de escalões jovens — sub-18, sun-19 — que servirão a médio e o longo prazo o plantel sénior. Já os encarnados foram buscar craques lá fora, muitas delas ao futebol brasileiro, mas também ao italiano e britânico.

Tomás Guimarães, ZAP //

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