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Polícias que mataram afro-americano não vão a julgamento

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(cv) WAFB-TV

Arlon Sterling imobilizado pela polícia de Baton Rouge, Louisiana, poucos segundos antes de ser abatido

Arlon Sterling imobilizado pela polícia de Baton Rouge, Louisiana, poucos segundos antes de ser abatido

O Departamento de Justiça dos EUA decidiu não acusar de nenhum crime os dois agentes da polícia que, em julho do ano passado, mataram um afro-americano, no estado do Luisiana.

Arlon Sterling, de 37 anos, estava a vender CDs junto a uma loja de conveniência em Baton Rouge, Louisiana, quando foi abordado e abatido a tiro por dois polícias.

O afro-americano estava completamente imobilizado pelos agentes, que foram depois suspensos, quando foi morto.

Agora, o Departamento de Justiça decidiu não levar os dois agentes a julgamento. A decisão foi divulgada pelos media norte-americanos antes de ter sido anunciada aos familiares da vítima, escreve a BBC.

“Estou chocada com o facto desta notícia, quer seja verdadeira ou falsa, ter sido disseminada sem um primeiro aviso formal aos familiares de Sterling”, afirmou a autarca de Baton Rouge, Sharon Weston Broome, que também ainda não sabia da decisão.

Esta terça-feira, mais de uma centena de pessoas reuniu-se à porta da loja onde o afro-americano faleceu, em julho do ano passado, para prestar homenagem.

A morte de Sterling só fez aumentar ainda mais a tensão racial nos EUA que, nos últimos tempos, tem sido palco de vários protestos contra os abusos das autoridades perante pessoas de raça negra.

Logo a seguir a este caso, outro afro-americano foi abatido pela polícia, na cidade de Falcon Heights, no Minnesota. Philando Castile, de 32 anos, foi morto dentro do seu próprio carro. Através do Facebook, a namorada difundiu em direto os últimos minutos de vida do companheiro.

Entretanto, na mesma semana, cinco polícias foram mortos em serviço, em Dallas, no Texas. O suspeito, um homem negro de 25 anos, Micah Johnson, disse à polícia que queria matar polícias brancos para vingar os abusos das autoridades. Alguns dias depois, três agentes da polícia foram assassinados em Baton Rouge.

ZAP //

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