Cinco polícias foram mortos a tiros e outros seis ficaram feridos esta quinta-feira, durante uma manifestação de protesto contra a violência policial sobre negros em Dallas, EUA.
As autoridades norte-americanas informaram esta manhã que snipers (atiradores furtivos) dispararam sobre 11 agentes das forças de segurança durante uma manifestação contra a violência policial sobre negros. O tiroteio teve início cerca das 20h45 locais (cerca das 2h45 em Lisboa).
Além dos polícias, há um civil ferido, disseram as autoridades.
A polícia de Dallas informou ter já sob sua custódia três suspeitos de serem os autores dos disparos e que um homem também alegadamente envolvido no ataque está barricado num parque de estacionamento no centro da cidade.
Este homem, com quem a polícia já trocou tiros, disse aos negociadores que espalhou bombas no edifício onde se encontra e noutros locais de Dallas.
Entretanto, os media locais avançam que o suspeito morreu depois de passar mais de uma hora entrincheirado num estacionamento.
O chefe da polícia de Dallas, David Brown, disse aos jornalistas que o objetivo destes homens era “ferir ou matar o maior número possível de polícias” e que prepararam uma emboscada, tendo alguns dos agentes sido atingidos nas costas.
Segundo David Brown, pelo menos dois homens armados colocaram-se em locais “elevados” para atingir os polícias durante a manifestação, decorrendo buscas pelos suspeitos, que ameaçaram ainda fazer explodir uma bomba no centro de Dallas.
As autoridades de aviação civil dos Estados Unidos decidiram restringir o espaço aéreo em torno da cidade de Dallas.
Um porta-voz da Casa Branca revelou entretanto que o Presidente norte-americano, Barack Obama, já foi informado sobre os acontecimentos de Dallas e que está a acompanhar a situação.
Obama está em Varsóvia, para participar na cimeira da NATO.
Violência policial
Milhares de pessoas manifestavam-se nos EUA, em cidades como Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, para protestar contra a violência policial sobre negros.
As manifestações surgiram após as mortes, registadas em vídeo, de dois homens afro-americanos às mãos da polícia. Philando Castile morreu na quarta-feira em Falcon Heights, no Estado de Minnesota, e Alton Sterling morreu na terça-feira, em Baton Rouge, no Estado de Luisiana.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que “todas as pessoas justas de espírito devem estar preocupadas” com a morte frequente de afro-americanos às mãos da polícia.
Referindo-se a estatísticas mostrando que os cidadãos afro-americanos são mais suscetíveis de serem mortos pela polícia do que os brancos, Obama pediu o fim do preconceito interno da polícia.
“Quando incidentes como este acontecem, há uma parte da nossa população que sente como se isso acontecesse por causa da cor da sua pele, e que não estão a ser tratados da mesma forma”, disse o presidente norte-americano. “E isso magoa”.
Obama ressaltou que “há uma estima extraordinária e respeito pela grande maioria dos polícias que colocam as suas vidas em risco para nos proteger todos os dias. Eles têm um trabalho perigoso. É um trabalho duro”.
Segundo as estimativas oficiais, 53 polícias morreram em serviço nos EUA neste ano, dos quais 21 por trocas de tiro. O saldo não inclui os mortos no incidente de Dallas.
ZAP / Lusa / BBC
Feitas as contas morrem mais polícias do que bandidos. Coitadinhos dos bandidos armados. E Obama não vê isto?
Tu é que, claramente não vês nada!…
Retaliação, no entanto a lei das armas nos USA continua na mesma e a violência racista igualmente, portanto o programa segue dentro de momentos.