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Em Miami e Nova Iorque, os polícias ajoelharam-se por George Floyd

Tannen Maury / EPA

Em Miami e em Nova Iorque, alguns agentes da autoridade juntaram-se aos manifestantes por breves momentos, para mostrar o seu respeito pela memória de George Floyd.

Nos Estados Unidos, os protestos pela morte de George Floyd continuam, mas há episódios que marcam a diferença. Um deles é contado pelo Expresso e aconteceu em Coral Gables, Miami, onde vários elementos da polícia se ajoelharam com os manifestantes, em sinal de respeito.

Os agentes da autoridade ajoelharam-se à passagem dos manifestantes, e estes fizeram o mesmo diante das forças de segurança.

Para o responsável pela polícia local, é importante que uma das prioridades das autoridades seja estabelecer pontes e abrir um diálogo social, que favoreça soluções. Por este motivo, o responsável abordou vários dos participantes no protesto, programando encontros para os ouvir.

Em Nova Iorque, vários agentes seguiram o mesmo exemplo e ajoelharam-se no bairro de Queens, quando um pastor que acompanhava uma marcha de cidadãos convidou os elementos da autoridade a juntarem-se ao grupo por um momento. Os manifestantes ficaram surpreendidos com a ação das forças de segurança.

“Não estava à espera. Foi muito bom, e um pormenor bonito, mas procuramos algo concreto. Que não nos pisem e que não disparem”, disse a ativista Aleeia Abraham à CNN.

As imagens dos conflitos entre manifestantes e forças de segurança multiplicaram-se durante o fim de semana, à medida que as autoridades intensificavam os seus esforços para reprimir revoltas com gás lacrimogéneo e balas de borracha. Ainda assim, as ações em Miami e Nova Iorque destacaram-se das demais.

A morte de George Floyd, de 40 anos, está a causar uma onda de indignação nos Estados Unidos e no mundo, depois da divulgação de vídeos que mostram um agente da polícia ajoelhado em cima do seu pescoço e no qual se ouve o afro-americano a dizer “não consigo respirar” e “não me matem”.

A polícia de Minneapolis revelou que o agente em causa foi detido esta sexta-feira e tinha 18 queixas anteriores, sem que fossem revelados os detalhes destas acusações. O agente foi despedido na semana passada, juntamente com três colegas que estavam presentes na detenção.

ZAP //

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