Milhares de pessoas protestaram, esta terça-feira à noite, em Minneapolis, cidade no estado norte-americano do Minnesota, contra a morte de George Floyd, um homem negro que acabou por falecer depois de um episódio com a polícia.
O jornal ABC, que cita o local The Star Tribune, adianta que o protesto começou onde ocorreu a morte de George Floyd e terminou em frente a uma esquadra da polícia, onde agentes acabaram por lançar gás lacrimogéneo e balas de borracha após alguns distúrbios.
A morte de Floyd, de 40 anos, está a causar uma onda de indignação, depois da divulgação de vídeos que mostram um agente da polícia ajoelhado em cima do seu pescoço e no qual se ouve o afro-americano a dizer “não consigo respirar” e “não me matem”.
Segundo a BBC, após tentar falar com o polícia, o homem fica imobilizado e parece deixar de se mexer, tendo sido depois colocado numa maca e levado para uma ambulância.
Em comunicado, a polícia local, que disse ter sido chamada por causa de um cidadão que estava a tentar usar dinheiro falso numa loja de conveniência, afirmou que Floyd morreu “depois de um incidente médico durante uma interação policial”.
A mesma nota explica que dois agentes da polícia localizaram o suspeito num veículo, acrescentando que, ao pedir-lhe para que saísse do mesmo, este decidiu resistir às autoridades.
“Os polícias conseguiram algemar o suspeito e notaram que este parecia estar a sofrer algum problema médico”, lê-se no mesmo comunicado, citado pela emissora britânica.
A polícia disse que não foi usada nenhuma arma durante este episódio e iniciou uma investigação para apurar este incidente, ao qual já se juntou o FBI. As imagens captadas no local foram enviadas para o Departamento de Execução Penal do Minnesota, que também já abriu um processo.
“Não consigo respirar”
A frase “não consigo respirar” relembra a morte de Eric Garner, em 2014, em Nova Iorque. O homem negro repetiu estas mesmas palavras 11 vezes após ser detido e antes de morrer. Agora, a expressão tornou-se um grito de guerra entre os ativistas que lutam contra a violência policial para com a comunidade afro-americana.
Esta mesma frase foi ouvida, esta terça-feira, durante os protestos em Minneapolis. A congressista democrata Ilhan Omar, que representa a cidade na Câmara dos Representantes, afirmou que o que se passou ontem “é vergonhoso”.
“Disparar balas de borracha e gás lacrimogéneo entre os manifestantes desarmados, quando há crianças presentes, não deveria ser tolerado. Nunca”, afirmou.
Entretanto, o autarca de Minneapolis, Jacob Frey, anunciou que quatro agentes do departamento da polícia da cidade envolvidos na morte de Floyd foram demitidos. Numa conferência de imprensa, o governante descreveu este incidente como “completa e absolutamente desastroso”.
“Acredito no que vi e o que vi está errado a todos os níveis. Ser negro nos Estados Unidos não deveria ser uma sentença de morte“, lamentou.
Estes polícias na terra dos ”Camones” são assassinos legalizados.Depois lamentam-se se os negros retaliarem.
O problema é que por cá estamos a ir pelo mesmo caminho. E isto porque a justiça não funciona. Nas últimas duas a três semanas vi imensas situações de gangues, crime organizado, desrespeito total pela sociedade e pelas forças de autoridade, agressão a polícias e aparentemente tudo impune. Depois queixem-se que o Chega suba nas sondagens e que a polícias se torne cada vez mais violenta.
Os nossos tribunais são uma treta. Uma autêntica fantochada. E muitos juízes deveriam ser investigados pelo ministério público. O Rangel é a ponta de um grande iceberg.
O Rangel só queria dinheiro.
Que há muito mal há e o nosso país está cada vez mais a dar provas disso mesmo, havendo por aí grupos que imaginam que tudo isto é seu, mas perante tal situação com o homem já dominado e com vários polícias ao lado, não havia necessidade de chegar a um extremo destes.