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Polícia espanhola faz buscas no maior banco do mundo por suspeitas de ligação à máfia

Agentes da Unidade Central de Operações (UCO) da Guarda Civil espanhola estão a fazer buscas na sede espanhola do banco chinês ICBC, em Madrid, por alegado branqueamento de capitais.

De acordo com o jornal espanhol El Mundo, foram detidos cinco suspeitos, entre eles o diretor da agência do Banco Industrial e Comercial da China, o maior banco mundial em total de ativos. Alguns dos suspeitos não têm residência habitual em Espanha, deslocando-se esporadicamente de Xangai.

Fontes da investigação afirmaram à agência EFE que a operação está relacionada com a investigação Snake, contra a máfia chinesa na região madrilena de Cobo Calleja.

O El Mundo descreve que na agência do banco, que abriu portas na capital espanhola em 2011, existe uma estrutura criminal que alegadamente se dedicava ao branqueamento de capitais.

Além dos agentes da Guarda Civil, participam também nas buscas os técnicos do Banco de Espanha, numa operação coordenada pela procuradoria anticorrupção.

A ação policial e judicial visa encontrar provas da alegada rede criminosa que permitam acabar com a estrutura. Além de detenções e apreensão de documentos, os especialistas da UCO estão a analisar também os terminais de computadores de vários diretores.

A chegada do ICBC, o maior do mundo em capitalização em bolsa e por depósitos, a Espanha aconteceu em plena crise económica e durante o processo de reestruturação dos bancos espanhóis.

A entidade bancária converteu-se num grande captador de passivos em Espanha, e durante os cinco anos a atuar no país alcançou um ativo superior aos 760 milhões de euros, segundo dados de novembro de 2015 da Associação Espanhola da Banca.

ZAP

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