A Polícia Judiciária esteve esta segunda-feira na casa de João Rendeiro, em Cascais, para verificar obras de arte que forma apreendidas há dez anos. Com a fuga do ex-banqueiro, a juíza considerou que as peças correm risco e pediu que fossem verificadas.
De acordo com a SIC Notícias, são 124 obras , entre quadros e esculturas, que pertencem ao recheio da vivenda da Quinta Patino, em Cascais, e que foram arrestadas em novembro de 2010.
Os bens foram apreendidos para servirem de indemnização aos lesados do BPP, num processo em que Rendeiro foi condenado a 10 anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
O processo ainda tem um recurso em curso, ou seja, não transitou em julgado.
Maria de Jesus Rendeiro, mulher do ex-banqueiro, foi nomeada pela Justiça como fiel depositária da coleção. Assim, caso tenha desaparecido qualquer obra de arte ou esteja alguma danificada, a esposa de Rendeiro poderá incorrer num crime de descaminho.
Segundo o auto de busca e apreensão de 11 de novembro de 2010, refere o Público, João Rendeiro tinha na sua casa várias esculturas e pinturas de artistas como António Dacosta, Lourdes Castro, Joaquim Rodrigo, Dórdio Gomes, Carlos Botelho, Júlio Resende, João Hogan, Dominguez Alvarez, Frank Stella, Julião Sarmento, René Bértholo, Luís Noronha da Costa, Raymond Hains e Sophia Haas.
Condenado a três penas de prisão efetiva e com uma sentença de cinco ano e oito meses já transitada em julgado, o antigo administrador do BPP decidiu fugir e instalar-se num país sem acordo de extradição com Portugal.
Num texto publicado no seu blog pessoal, Rendeiro explicou que a sua “ausência é um ato de legítima defesa”.
O ex-banqueiro está em fuga há duas semanas.
Foi a casa do Rendeiro ou a casa do motorista do Rendeiro?!