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Pinto Luz apoia eventual recandidatura de Marcelo (mas com condições)

Miguel Pinto Luz assume, na sua moção de estratégia global, que apoiará uma eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa às presidenciais, mas no “pressuposto” de que “dê um contributo decisivo para retirar o país do impasse”.

A moção de estratégia global de Miguel Pinto Luz foi entregue esta segunda-feira na sede do PSD e refere-se ao próximo ciclo político em que se realização as eleições presidenciais.

“Se essa intenção [do atual Presidente da República] se concretizar, a opção natural do PSD será de apoiar a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Esse apoio será concedido no pressuposto de que o Presidente da República, no cumprimento dos seus poderes e obrigações constitucionais, seja uma força de moderação na vida política nacional e dê um contributo decisivo para retirar o país do impasse”, lê-se na moção.

De acordo com o Público, Pinto Luz deixa clara a sua visão do que deve ser o exercício do próximo mandato presidencial: “Não pretendemos um chefe do Estado partidarizado, mas insistimos na necessidade de existir um Presidente equidistante que possa ser o fiel depositário do interesse nacional e das aspirações de todos os portugueses.”

O candidato à liderança do PSD considera que o partido se irá apresentar aos portugueses como “o agente da mudança e das reformas, determinado a quebrar os bloqueios gerados pelo situacioanismo”.

“A história da nossa democracia comprova que o PSD é o único partido capaz de representar a alternativa que se tornou imperiosa para Portugal”, defende Miguel Pinto Luz, considerando que o partido só “o poderá fazer diferenciando-se do PS e nunca esbatendo as profundas diferenças que separam os dois partidos”.

À semelhança de Luís Montenegro, também Pinto Luz recusa entendimentos com o PS. “Qualquer ilusão de que as reformas estruturais necessárias poderão ser feitas em parceria com o PS deverá ser cabalmente rejeitada. O socialismo em Portugal transformou-se numa perigosa ilusão que, pela debilidade económica e a oligarquia de interesses que corporiza, se torna perniciosa para a democracia”.

Considerando que “o Estado não pode continuar a ser um monstro burocrático que é demasiado poderoso”, o candidato lembra que o partido “demonstrou coragem política ao romper com os impasses dos últimos 40 anos e que os militantes são hoje, novamente, forçados a responder ao chamamento da história: há um impasse para romper e um país para resgatar”.

ZAP //

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