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Pico da covid-19 superado em quase toda a Europa. Bulgária é a exceção

Enric Fontcuberta / EPA

A vaga inicial de transmissão da covid-19 na Europa já passou o seu pico, sendo a Bulgária o único país que regista ainda um aumento de casos, indicou esta segunda-feira a diretora do Centro Europeu de Controlo de Doenças.

Numa videoconferência com a comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu, Andrea Ammon indicou que os dados mais recentes revelam que, “aparentemente, a vaga inicial de transmissão já passou o seu pico, com um declínio generalizado” do número de casos de infeção nos países da União Europeia e do Espaço Económico Europeu mais Reino Unido, e atualmente “só há um país com um aumento da incidência e quatro sem diferenças substanciais”.

Instada pelos eurodeputados a nomear os países em questão, a diretora do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) especificou que o país que ainda regista uma curva ascendente na incidência de transmissão é a Bulgária, enquanto os quatro outros países “sem diferenças substanciais” na incidência de transmissão nos últimos 14 dias são a Polónia, a Roménia, a Suécia e o Reino Unido.

Na sua intervenção, a diretora da agência sediada na localidade sueca de Solna defendeu que, no processo de desconfinamento que começa a acontecer um pouco por toda a Europa face à diminuição da incidência de transmissão do novo coronavírus, deve haver “uma gestão das expectativas das pessoas”.

Isto é uma maratona, não é um sprint. Provavelmente já terão ouvido isto, o que não quer dizer que não seja verdade. As expectativas das pessoas relativamente à situação da pandemia e da duração dos efeitos que continuará a ter nas suas vidas no futuro previsível tem de ser gerida. Isto não vai acabar em breve, e as pessoas devem preparar-se mentalmente para tal. No mesmo sentido, não podemos baixar as nossas guardas durante o levantamento progressivo” das medidas restritivas, argumentou.

“As pessoas devem ser recordadas permanentemente de que este vírus não se vai embora enquanto não tivermos uma vacina”, reforçou mais adiante.

Mais de 245 mil mortos no mundo

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (67.674) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,1 milhões).

Por regiões a Europa é a mais afetada, registando mais de 143 mil mortos entre mais de 1,5 milhões de casos, com quatro países europeus a surgirem no topo da lista com mais vítimas mortais a seguir aos Estados Unidos: Itália (28.884 mortos, mais de 210 mil casos), Reino Unido (28.446 mortos, mais de 186 mil casos), Espanha (25.428 mortos, mais de 218 mil casos) e França (24.895 mortos, mais de 168 mil casos).

Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, e há 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas, o que acontece esta segunda-feira mesmo em Portugal e diversos outros países europeus.

// Lusa

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