Esta quarta-feira, em debate sobre o Orçamento do Estado para 2021, PEV e PAN ameaçaram chumbar a proposta de OE na especialidade.
No debate sobre o Orçamento do Estado para 2021, no Parlamento, Inês Sousa Real enalteceu a importância de minimizar os efeitos colaterais da pandemia de covid-19, sem esquecer as medidas que visam a emergência climática. O PAN vai abster-se na votação da proposta do Governo, na generalidade, mas avisa que se este fosse o Orçamento final seria chumbado.
“Se este fosse o OE final, não poderia o PAN ter a mesma votação que tem hoje”, disse a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real. A deputada começa por dizer que o país tem um “grande desafio pela frente” e que este Orçamento tem de ser instrumento estrutural para fazer face aos “maiores desafios do nosso tempo”. Esta é a “derradeira oportunidade” para melhorar o OE, acrescentou.
Por sua vez, José Luís Ferreira, do PEV, citado pelo Observador, lamenta que “o que se perspetiva, tanto ao nível do reforço dos serviços públicos como no combate à pobreza, fica muito longe dos mínimos desejáveis”.
O deputado aproveitou para defender o aumento do salário mínimo nacional e a necessidade de “reequacionar este modelo económico”, para proteger o ambiente.
José Luís Ferreira deixou claro que os Verdes vão abster-se. O objetivo é dar a oportunidade ao Governo para “assumir uma postura de abertura para outras preocupações” demonstradas pelo PEV.
Esta votação, garante, “em nada compromete e em nada condiciona o sentido de voto dos Verdes no que diz respeito à votação final global, cuja avaliação será feita na devida altura”.