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As personalidades de Costa e Marcelo “combinaram harmoniosamente”

José Sena Goulão / Lusa

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva

“As personalidades do Presidente da República e do primeiro-ministro combinaram harmoniosamente”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Em entrevista ao Jornal de Notícias, Augusto Santos Silva elogiou o papel “exemplar” de Rui Rio enquanto líder da oposição, mas defendeu que o Partido Socialista conta fazer valer a maioria parlamentar de esquerda para aprovar os próximos Orçamentos do Estado.

“A nossa opção é por um diálogo preferencial à esquerda e há uma maioria de esquerda que funciona bem desde 2015. Não vejo porque não há de funcionar bem agora”, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

O último Orçamento do Estado foi aprovado com a abstenção da esquerda, mas Santos Silva admite que gostaria de ver o Orçamento suplementar em “condições mais favoráveis”, o que implica os votos favoráveis da esquerda e/ou do PSD. No entanto, isso não muda nada.

“Nós temos uma maioria parlamentar, que se forma à esquerda e com o PAN, e há uma oposição, liderada pelo PSD e por Rui Rio, que tem sido exemplar no exercício de uma oposição leal, consonante no que implica a unidade nacional. Não há razão para pensar que as coisas vão alterar-se.”

Sobre o Presidente da República, o governante salientou a boa relação que Marcelo Rebelo de Sousa mantém com o primeiro-ministro, António Costa.

“O PS deve ter uma consciência bem clara de duas coisas. Em primeiro lugar, da importância e da urgência total do esforço de governação neste momento. O PS deve fazer uma avaliação do atual ciclo político e da convivência institucional entre o Governo e o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Essa avaliação é, consensualmente, de que as coisas correram otimamente bem“, afirmou.

“As personalidades do Presidente da República e do primeiro-ministro combinaram harmoniosamente, projetando ambas uma força ao país que o país reconhece. O PS há de tomar uma posição sobre as presidenciais a seu tempo. Quando tomar essa posição, julgo que terá consciência destas duas coisas”, acrescentou o ministro.

ZAP //

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