Passos pode ser n.º 1 às europeias (ou será estratégia para o PS “distrair o país”?)

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Manuel Almeida / Lusa

Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho tem sido sugerido a Luís Montenegro por altos responsáveis do PSD para assumir a cabeça de lista do partido ao Parlamento Europeu.

Passos Coelho voltou recentemente à agenda política portuguesa depois de um discurso que foi interpretado como um sinal de regresso. Para o dirigente socialista Álvaro Beleza, o ex-líder do PSD é “verdadeiramente o líder da Direita portuguesa” e o único que pode fazer com que o Chega deixe de ser um “problema”.

Altos responsáveis do PSD aconselham agora Luís Montenegro a convidar Pedro Passos Coelho para ser cabeça de lista do partido às europeias. O líder social-democrata não descarta essa hipótese, sabe o Expresso. O assunto tem sido abordado entre dirigentes sociais-democratas desde o verão.

No entanto, o semanário sublinha que o ex-primeiro-ministro pode não estar interessado na corrida ao Parlamento Europeu. Fontes próximas de Passos Coelho sublinham que dificilmente estará interessado. Além disso, não ocupando nenhum cargo em Portugal, há lugares cimeiros na UE que lhe estão vedados.

O presidente do PSD/Madeira e líder do Governo Regional entende que há uma estratégia do PS em lançar o regresso de Pedro Passos Coelho à vida política. Miguel Albuquerque fala numa “cortina de fumo” para distrair a opinião pública.

“Esta desgraça que nós temos de um governo inoperante, incompetente e ineficaz […] é bom para o Partido Socialista encontrar estas cortinas de fumo, lançar estas candidaturas, lançar estes regressos que não são nada, a não ser cortinas de fumo, para distrair o país daquilo que são os assuntos sérios e graves que o país enfrenta devida à incompetência e ao desgoverno que nós temos neste momento no país”, disse Miguel Albuquerque em entrevista à Antena 1/Madeira.

Há quem continue a ver Passos como a única “salvação” para um PSD que, desde a sua saída da arena política, tem procurado regressar ao Governo sem sucesso.

O ex-presidente do PSD, que abandonou a liderança do partido em 2018, tem mantido um “nim” latente, não admitindo o regresso, mas nunca o rejeitando liminarmente.

ZAP //

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