Passos Coelho estará disposto a continuar a ocupar o cargo de primeiro-ministro, caso o seu programa de governo seja derrubado por uma moção de rejeição.
O atual primeiro-ministro está disponível a permanecer à frente de um Governo de gestão, até ser encontrada uma solução, caso o Presidente da República decida não dar posse a um Executivo de esquerda liderado pelo PS, avança o Público esta quarta-feira.
“Serei primeiro-ministro até ser substituído, não penso meter baixa, fazer greve, dizer que me vou embora”, afirmou Passos Coelho, de acordo com as informações recolhidas pelo jornal.
“Tenho estado a preparar a ação governativa para ser Governo. Quem derrubar o Governo tem de dizer o que quer fazer, se a maioria absoluta atirar o Governo abaixo tem de dizer o que quer fazer”, acrescenta.
Esta posição vai assim contra as declarações proferidas a semana passada pelo novo ministro da Justiça, Fernando Negrão, em entrevista à Antena 1.
Questionado sobre a existência de um governo de gestão, caso o novo Governo fosse derrubado pelos partidos de esquerda, o novo ministro disse que “tudo aponta para que o Governo não esteja disponível” para essa possibilidade.
Consciente de que o novo Governo não é suportado por uma maioria absoluta e de que vai encontrar algumas dificuldades na Assembleia, Passos ainda admite estar disponível para chegar a um entendimento com o secretário-geral do PS.
“Apresentarei no Parlamento o Governo com o programa sufragado pelos portugueses adaptado à circunstância de existir uma maioria relativa, logo um programa aberto à negociação e ao compromisso e é nessa base que faremos a discussão”, afirmou o primeiro-ministro segundo as informações recolhidas pelo Público.
Sendo quase certo que o seu Governo dificilmente passa no Parlamento, Passos quer portanto manter-se em gestão e esperar para ver os próximos episódios, até porque tem o trunfo na manga de o seu Governo não poder ser dissolvido antes de cumprir seis meses de legislatura
As decisões de Cavaco também têm feito correr alguma tinta, com algumas pessoas a garantirem que, caso seja necessário empossar António Costa como primeiro-ministro, o atual chefe de Estado o vai fazer.
O atual comentador da SIC, Luís Marques Mendes, é um desses casos. No espaço de opinião que tem ao domingo, o ex-líder do PSD garante que “Cavaco Silva vai dar posse, no futuro, a um governo de António Costa se lhe for apresentado o acordo”. “Parece-me óbvio que é isso que vai acontecer”, disse na altura.
ZAP
Outro a querer o poder a qualquer preço. Não basta o tridor e agora temos mais um. Esta gente é toda farinha do mesmo saco.
Eheheheheh, e depois é o Costa que quer ser o “boss” á força toda.
Haja vergonha
O parasita quer continuar a parasitar; custe o que custar!!
Ganhou as eleições, portanto tem legitimidade para o fazer, não é como os de esquerda que perderam e querem governar a força…
Enquanto pensava que podia fazer chantagem jurava a pes juntos que não ia aceitar. Agora que começa a estar à rasca, já está disposto a assegurar o governo de gestão. Enquanto lá estiver, sempre vai pondo “coisas em ordem” (isto é, distribuindo prebendas, escamoteando informação “sensível”, etc.). Estou farto deste vigarista!
Cavaco já deu indicações a Passos de que aprove medidas em Conselho de Ministros e se “disponibilize” a aguentar-se em governo de gestão, para poder dizer que a oposição não o deixa governar e assim passar o ónus de o próximo Presidente convocar eleições antecipadas, deste modo entregando a maioria à paf, nas próximas eleições. De hoje até 3ª-feira, vai ser só espelhar o medo, para dar força a Cavaco e Assis.