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No Porto, o Passe Família não sai da gaveta. Bloco quer explicações

Quatro meses após a entrada em vigor na Grande Lisboa, o Passe Família não é opção considerada benéfica para o executivo da Área Metropolitana do Porto.

Na segunda-feira, o Bloco de Esquerda solicitou uma reunião urgente com o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, para averiguar os problemas que estão a impedir a entrada em vigor do Passe Família.

Ao Expresso, a deputada bloquista Maria Manuel Rola explica que é fundamental que a medida “saia de uma vez da gaveta” e seja alargada à famílias residentes na AMP, até por “uma questão de equidade de tratamento”. O Passe Família entrou em vigor na Grande Lisboa há cerca de quatro meses.

O pedido de esclarecimentos surge após o Bloco de Esquerda ter tentado que Eduardo Vítor Rodrigues se deslocasse à Assembleia da República, no final da anterior legislatura, para perceber quais são os motivos “da tardia aplicação no terreno do Passe Família” a norte.

Maria Manuel Rola lamenta a falta de comparência do presidente da AMP que, em julho, justificou a derrapagem com “constrangimentos técnico-fiscais” que não acautelavam “situações de fraude“.

A deputada ainda não obteve resposta ao novo pedido de explicação e adianta que a ausência deste esclarecimento “é um mau prenúncio”.

Questionada sobre quando irá avançar o Passe Família no Grande Porto, a Área Metropolitana do Porto responde: “O PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária) foi criado através da Lei do Orçamento do Estado para 2019, deixando ao critério de cada Autoridade de Transportes a sua forma de implementação, desde que, pelo menos 60% da verba disponibilizada fosse utilizada para financiar a redução tarifária”.

“As situações são diferentes na AMP e na AML, situação desde logo assumida no montante das verbas do PART atribuídas a cada área metropolitana”, justificou Mário Reis Soares, secretário da Comissão Executiva da AMP.

Não existe atraso. O Passe Família poderá ser implementado a qualquer momento, se for considerado como a opção mais benéfica para os passageiros, face às restantes alternativas disponíveis considerando as restrições orçamentais existentes”, assegura Reis Soares.

Em abril, Eduardo Vítor Rodrigues prometeu a entrada em vigor do Passe Família para setembro. Com este passe, todos os elementos de um agregado familiar que vivam na mesma casa têm acesso ao passe único por um preço fixo de 80 euros por mês, correspondente ao valor de dois títulos mensais válidos para todos os concelhos.

ZAP //

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