O Vaticano anunciou hoje (23) que o papa Francisco suspendeu, até segunda ordem, o “Bispo do Luxo”, Franz–Peter Tebartz-van Elst. O bispo de Limburgo está na origem de um escândalo na Alemanha relacionado com os gastos excessivos da diocese.
De acordo com o comunicado oficial, o Vaticano considera ser oportuno, enquanto aguarda os resultados de um inquérito da Igreja alemã, autorizar Tebartz-van Elst a passar um período de férias fora da diocese.
“O papa foi constantemente informado sobre a situação na diocese de Limburgo. O bispo Tebartz-van Elst não pode exercer, no momento, o ministério episcopal”, informou o documento.
Nos últimos 15 dias, o bispo de Limburgo, conhecido como o “Bispo do Luxo”, tem dominado os destaques dos principais jornais alemães por estar no centro de uma polémica envolvendo despesas com a nova residência diocesana que mandou construir em Limburgo. Os gastos no empreendimento aumentaram de 5 para 31 milhões de euros.
De acordo com os críticos, a escalada de despesas foi gerada pelos pedidos luxuosos de Tebartz-van Elst. Os meios de comunicação alemães noticiaram que o bispo tentou, durante bastante tempo, esconder o custo real das obras, que não paravam de aumentar. Os aposentos do bispo teriam custado 2,9 milhões de euros, com uma sala de refeições de 63 metros quadrados e uma banheira de 15 mil euros.
O papa Francisco, que defende uma “Igreja pobre para os pobres”, recebeu hoje o presidente da Conferência Episcopal Alemã, Robert Zollitsch, para conversar sobre a situação de Tebartz-van Elst. A Igreja alemã nomeou uma comissão para averiguar as despesas feitas pelo bispo. Enquanto Limburgo estiver afastado, o vigário-geral Wolfgan Rosch ocupará a diocese.
ZAP / ABr