Pântano político? “O responsável não sou eu”, diz Marcelo

Presidente da República não se alongou em comentários sobre as eleições na Madeira e deixou o “poder” para o representante no arquipélago.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse neste domingo que é preciso esperar para ver o que dirá o representante da República na Madeira.

Numa altura em que evoluía a contagem dos votos do ato eleitoral na Madeira, e quando falava à RTP na ‘flash-interview’ da final da Taça de Portugal em futebol, o chefe de Estado escusou-se a comentar cenários com base na sondagem tornada pública após o fecho das urnas.

“Vamos esperar para ver os resultados e o que o representante da República diz”, uma vez que é quem tem a competência para “exercer esse poder” de verificar as condições de governabilidade, após o resultados das eleições de hoje.

Quanto a críticas que lhe foram dirigidas pelo líder do PSD/Madeira e anterior presidente do Governo Regional da Madeira, Marcelo disse limitou-se a dizer que “o Presidente não se pronuncia sobre declarações partidárias”.

Quando foi questionado sobre se se sente responsável por algum “pântano político” em Portugal, Marcelo respondeu: “Não. Nem no país, nem nos Açores – como se verificou, o Orçamento foi aprovado – nem na Madeira”.

Sobre as eleições europeias, o chefe de Estado previu que os portugueses irão responder da mesma forma que o fizeram nas legislativas de março, acorrendo maciçamente às urnas, rejeitando uma situação de “fadiga eleitoral”.

Futebol

Quanto à final da Taça de Portugal, na qual o FC Porto venceu o Sporting por 2-1, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que foi “um grande jogo” com “grande emoção e entrega das duas equipas”.

O Presidente deixou ainda uma palavra para o presidente cessante do FC.Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, que considerou ficar na história como o dirigente que elevou a equipa “a um plano em que já estavam duas equipas”, ficando a perceber que “Portugal não é só Lisboa”. “E Portugal como um todo acabou por ganhar com isso”.

No final, Marcelo destacou a “maneira muito bonita de terminar” a final da Taça de Portugal “com os dois presidentes, o que sai e o que entra, abraçados”, numa referência a Pinto da Costa e André Vilas-Boas, que foi eleito presidente do FC. Porto no mês passado.