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Pandemia leva procura de transportes públicos a mínimo histórico

Depois das restrições de combate ao novo coronavírus terem sido aplicadas em todo o território, houve uma forte redução na procura dos transportes públicos em 2020. Mesmo com o fim das medidas e o regresso às escolas, o tráfego não foi o suficiente para recuperar as perdas.

Neste sentido, o metro foi o meio de transporte mais penalizado pela pandemia, uma vez que registou uma quebra de 48%, para 140,179 milhões de viajantes, o que compara com os mais de 269,6 milhões de utentes de 2019.

Segundo o DN, o número do ano passado é o mais baixo desde 2004, quando se iniciou esta série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A Metro de Lisboa foi a empresa mais prejudicada, tendo perdido mais de metade dos passageiros (-50,5%) entre 2019 e 2020. Na cidade do Porto, a quebra foi de 45,5%, para 38,7 milhões. Já a Metro Transportes do Sul teve um recuo de utentes de 29,8%, para 10,9 milhões de utilizadores.

Por outro lado, o comboio também foi fortemente afetado. O transporte ferroviário teve uma redução de 38,4%, para 108 milhões de utentes.  Os serviços suburbanos, da CP e da Fertagus, foram os menos penalizados, com menos 37,3% de passageiros, para 99,2 milhões.

Nos comboios interurbanos – que correspondem a serviços regionais e de longo curso -, a diminuição de viajantes foi de 47,6%, para 8,8 milhões. Com as fronteiras fechadas durante três meses e a suspensão, desde março, dos comboios Lusitânia e Sud Expresso, o serviço internacional apenas foi utilizado por 34 200 utentes, menos 85,1% face a 2019.

Ao jornal, fonte da CP estima uma quebra de 40% no número de utentes a nível nacional, para 86,9 milhões, sendo que o maior impacto foi sentido nos serviços de longo curso (Alfa Pendular, Intercidades e serviço internacional) e nos comboios urbanos do Porto, com quebras de 60% e de 50%, respetivamente.

Por fim, nas ligações fluviais do Tejo, a redução de utentes foi de 45,2%, para 10,8 milhões. Além da pandemia, os barcos da Transtejo entre Cais do Sodré e o Seixal não circularam mais de um mês em outubro devido às obras no terminal do Seixal.

Os dados do INE não contabilizaram os utentes dos autocarros.

ZAP //

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