Pandemia dá sinais de agravamento em Portugal, em linha com os restantes países europeus

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Atualmente, os Cuidados Intensivos têm 27% de ocupação tida como valor crítico.

Portugal está atualmente numa fase de agravamento da pandemia da covid-19, uma tendência semelhante ao que se regista no resto do continente europeu. De acordo com o último relatório de linhas vermelhas, elaborado pela Direção Geral de Saúde e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge,a atividade epidémica é de “intensidade muito elevada, com inversão da tendência decrescente que vinha a observar-se nas últimos semanas”. Como tal, pode “esperar-se um aumento da incidência à semelhança do observado em alguns países europeus”.

Nos dados relativos à última semana, a taxa de incidência foi de 1.449 casos por 100 mil habitantes a 14 dias (tendência estável), ao passo que o R(t) tem um valor inferior a 1 a nível nacional (0,99), apesar de ser superior a 1 em todas as regiões, menos no Norte. Uma tendência contrária verifica-se nos internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos, atualmente nos 27% do valor tido como crítico, 255 camas ocupadas. Na semana anterior, o valor era de 35%.

Para já, ainda não é possível apontar ou calcular o impacto da subida dos números nos cuidados de saúde, já que tudo dependerá da imunidade resultante da campanha de vacinação, sobretudo no que respeita ao reforço. Para a DGS e o Insa, o sistema de saúde português “apresenta capacidade de acomodar o aumento de procura” por doentes Covid. Os dois organismos recomendam ainda que as medidas de proteção individual se mantenham.

No que respeita às faixas etárias, a tendência é crescente nos grupos entre os 10 e os 29 anos, sendo decrescente entre os menores de 10 anos e uma tendência estável nos restantes grupos etários, aponta o Observador.

Para Eric Topol, os números recentes não enganam: a Europa está perante uma nova vaga. O investigador do Instituto Scripps baseia o seu diagnóstico em dois gráficos, com uma série de curvas ascendentes relativos a vários países europeus e relacionado com o número de infeções e as hospitalizações. As subidas de casos registam-se no Reino Unido, Irlanda, Países Baixos, Suíça, Itália ou Portugal, enquanto as hospitalizações também têm vindo a aumentar no Reino Unido, Irlanda, Países Baixos ou Suíça.

O investigador alertou, no seu Twitter, para o perigo de se achar que a pandemia acabou e de se levantar todas as medidas de prevenção. “Mas não esperava que a nova vaga se manifestasse tão cedo“, considerou. De facto, a subida de casos aconteceu cerca de um mês após vários países terem levantado todas as suas medidas restritivas, lembra o Público.

ZAP //

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1 Comment

  1. Só vão falar sobre isto todas as sextas-feiras. É um assunto que todos ignoram. Tristeza! Sempre bem, mal, mais ou menos, melhorando, piorando.

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