Apesar da pandemia, juiz Carlos Alexandre marca sessões do caso Tancos para abril

José Sena Goulão / Lusa

O juiz Carlos Alexandre

O juiz Carlos Alexandre marcou o interrogatório do principal arguido do processo relativo ao furto das armas de Tancos, João Paulino, para dia 21 de abril.

De acordo com um despacho datado de 1 abril, citado pela revista Sábado, o magistrado marcou também o debate instrutório para os dias 4 e 5 de maio.

No despacho a que a agência Lusa também teve acesso, o juiz de instrução alega que o interrogatório de João Paulinho, considerado pelo Ministério Público (MP) o mentor do furto do armamento, e o debate instrutório do processo devem começar e terminar sem limitações.

Para Carlos Alexandre, tendo em conta as medidas de coação apertadas impostas aos arguidos que deixaram de cumprir prisão preventiva devido às recomendações decorrentes do Estado de Emergência pela Covid-19, há vantagens em que o interrogatório do arguido e o debate instrutório ocorram sem limitações.

Segundo a Sábado, o juiz pediu para que pudessem ser utilizadas duas salas do tribunal de Monsanto para permitir aos intervenientes assistir presencialmente ou por videoconferência ao interrogatório.

O interrogatório de João Paulino está marcado para as 9h do dia 21 de abril e o debate instrutório para os dias 4 e 5 de maio no Tribunal de Monsanto. Carlos Alexandre determinou a ordem de alegações dos advogados dos 15 arguidos que pediram a abertura desta fase, começando por Bruno Ataíde.

Caso algum dos advogados do processo não possa estar presente no debate instrutório, o juiz solicitou a presença de três advogados de escala para os substituírem.

No dia 20 de março, Carlos Alexandre determinou que os sete arguidos, suspeitos de envolvimento no furto de armas dos paióis de Tancos, fossem libertados dada a impossibilidade da realização do debate instrutório até ao dia 17 de abril, data em que terminava a prisão preventiva.

O processo de Tancos tem 23 arguidos, entre os quais o antigo ministro da defesa Azeredo Lopes e vários militares, e está relacionado com o furto de armamento militar nos paióis de Tancos e com a alegada encenação na recuperação das armas.

Portugal vive um cenário de pandemia de Covid-19 e abril será, como previu o Governo, o pior mês.

ZAP //

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