Os casos de infeção estão a disparar por toda a Europa. Apesar das críticas, os países do Velho Continente estão a tentar agilizar o processo de vacinação.
A campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou há pouco mais de uma semana, depois de a Agência Europeia do Medicamento ter dado “luz verde” à vacina desenvolvida pela Pfizer em conjunto com a BioNTech. Na quarta-feira, o regulador europeu aprovou também a vacina da Moderna.
A União Europeia tem sido alvo de críticas pela lentidão no lançamento das vacinas. Apesar disso, vários países europeus estão a acelerar os planos de vacinação.
De acordo com o ECO, é o caso da vizinha Espanha, que quer agilizar a campanha de vacinação ao integrar militares no processo de vacinação. A possibilidade foi deixada em aberto pela ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles.
Esta segunda-feira, Madrid anunciou que vai vacinar 7 dias por semana, incluindo feriados. Segundo o El País, Catalunha duplicou o número de doses administradas, tendo inoculado 20.843 pessoas, mais de metade na quarta-feira.
Depois da aprovação da vacina da Moderna, o ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, anunciou que Espanha vai receber 600.000 doses, no espaço de seis semanas. “Vamos atingir a velocidade de cruzeiro“, disse.
Da mesma forma, França vai acelerar e simplificar a vacinação. “Passámos ontem [segunda-feira] as 2.000 vacinações, daqui até quinta-feira vamos aumentar bastante e vamos entrar numa curva exponencial. Vamos amplificar, acelerar e simplificar a nossa estratégia de vacinação”, referiu Olivier Véran, ministro da Saúde francês.
Só esta quarta-feira, o país já vacinou mais de 5.000 pessoas.
O Reino Unido também pretende agilizar o plano de vacinação, sendo que a meta é vacinar cerca de 14 milhões de pessoas até meados de fevereiro. “É uma meta ambiciosa, uma meta muito ambiciosa. Mas estou confiante de que, com o plano posto em prática pelo NHS, chegaremos lá”, afirmou Nadhim Zahawi, secretário de Estado responsável pelo programa de vacinação, à Sky News.
Na Alemanha, a vacina chegou a pouco mais 80 mil pessoas, um número muito abaixo do número de vacinas recebidas. O ministro da Saúde, Jens Spahn, pediu paciência à população e disse que a escassez de doses no início da campanha era esperada e decorre de percalços na produção e não de compras insuficientes.
Por sua vez, Angela Merkel garantiu que, no segundo trimestre, haverá “significativamente mais doses da vacina”.
Segundo a Euronews, a Bélgica criou uma nova equipa de peritos para acelerar o processo de vacinação: nesta primeira fase, o país espera vacinar entre 150.000 e 200.000 profissionais e residentes em lares.
Ainda não há data para o início da próxima fase, que envolverá hospitais e profissionais de saúde, mas estima-se que a campanha de vacinação termine ainda este ano.
Coronavírus / Covid-19
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