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Pais têm de ir às escolas devolver manuais a partir de dia 26 de junho

Mário Cruz / Lusa

Os encarregados de educação têm de se deslocar as escolas para devolver os manuais utilizados pelos seus filhos neste ano letivo.

Num despacho publicado esta terça-feira, o Ministério da Educação define o calendário para a devolução dos livros, que arranca já a 26 deste mês, o último dia de aulas do presente ano letivo. Face ao ano passado, os prazos para a recolha e seleção dos manuais que serão reutilizados no próximo ano foi adiado em cerca de um mês, escreve o Jornal de Notícias.

A TSF precisa que terão de ser devolvidos os manuais escolares que vão reutilizados no próximo ano, exceto os alunos do primeiro ciclo, que, no próximo ano letivo, vão ter manuais novos e também os estudantes de disciplinas sujeitas a exame nacional.

Nos casos excecionais, detalha ainda a rádio, os alunos só têm de entregar os manuais na escola três dias depois da publicação das notas.

Em agosto, as escolas vão começar a emitir os vales que permitem o levantamento de manuais para o próximo ano letivo: no dia 3, para os alunos que não mudam de ciclo de ensino, e, no dia 13, para os estudantes que transitam para o ciclo seguinte.

A Confederação das Associações de Pais (Confap) já contestou a exigência do Ministério da Educação, adiantando mesmo que vai pedir esclarecimentos ao responsável da tutela, o governante Tiago Brandão Rodrigues.

Em declarações ao Jornal de Notícias, o presidente da Confap, Jorge Ascensão lembra que as escolas não cumpriram os programas até ao fim e que, no início do próximo ano letivo, vai ser necessário recuperar conteúdos.

Por sua vez, Filinto Lima, presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, diz entender a posição da Confap, mas frisa que este foi um ano letivo diferente e que os alunos podem ter outras formas de aprender os conteúdos.

“Todos os anos, em algumas disciplinas, há matérias que ficam por lecionar e nem por isso os alunos ficam com os manuais do ano anterior, porque há outra forma de dar a matéria para além do uso do manual, por exemplo, com recurso à via digital“, disse à TSF.

“Entendo a posição da Confap, até porque este foi um ano sui generis (…) O livro ainda é a bíblia do professor, mas há outras formas de recuperar matérias que não foram lecionadas”, continuou, antes de deixar um conselho aos encarregados de educação.

“É importante que os pais contactem as escolas para perceberem de que forma poderão entregar os manuais. Tendo em conta esta situação de pandemia [de covid-19], penso que terá de haver marcação prévia ou a escola irá anunciar que anos ou turmas irá receber ao longo destas semanas”, rematou.

ZAP //

 

 

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