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Ordem dos Médicos quer alargar proibição de circulação aos dias entre os feriados

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José Coelho / Lusa

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães

O Gabinete de Crise para a covid-19 da Ordem dos Médicos está a pedir ao Governo que pondere a possibilidade de manter a proibição de circulação entre concelho nos 12 dias das duas pontes – desde as 23h de 27 de novembro até às 5h de 9 de dezembro.

Este sábado, o Governo anunciou as novas medidas a vigorar a partir de terça-feira, dia em que se renova o estado de emergência, que se inicia às 0h do dia 24 de novembro e termina às 23h59 do dia 8 de dezembro.

O primeiro-ministro anunciou que o país será dividido em quatro zonas de risco e haverá recolher obrigatório e restrições à circulação entre concelhos. Nas vésperas de feriados, as escolas serão fechadas e haverá tolerância de ponto.

Em comunicado citado pelo semanário Expresso, a Ordem dos Médicos (OM) propõe “equacionar a junção dos dois períodos associados aos feriados de 1 e 8 de dezembro, mais concretamente entre as 23h do dia 27 de novembro até às 5 hh de 9 de dezembro, de modo a evitar a circulação entre concelhos, com as exceções previstas, nomeadamente de âmbito profissional e escolar, nos 12 dias das duas pontes dos feriados de dezembro”.

A OM expressa “preocupação pelo aparecimento de sinais crescentes de saturação e fadiga pandémica na população portuguesa e de outros países europeus” e teme uma eventual “menor adesão” às medidas de restrição.

Para a OM, é essencial “reforçar a necessidade de simplicidade, clareza, coerência e uniformidade nas medidas a implementar e no esclarecimento da população, essencial ao seu envolvimento”.

No mesmo comunicado, a OM critica o atual modelo de zonas de diferenciação conforme o nível de risco, dizendo que já deveria ter sido aplicado há vários meses.

A Ordem considera ainda necessário o “reforço de recursos humanos e técnicos” e uma “efetiva coordenação a nível nacional das camas de internamento em enfermaria e medicina intensiva.”

Em relação aos Testes Rápidos de Antigénio (TRAg), a OM diz que deveriam ser usados de forma generalizada nos doentes sintomáticos que recorram às Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios nos centros de saúde, deixando os testes PCR para casos negativos “com forte suspeita clínica.”

Além disso, os testes rápidos ser usados no “rastreio de populações em zonas de risco extremamente elevado (>960) e com variação semanal crescente” de casos”.

Por fim, a OM sublinha que é preciso “impedir a acumulação de mais inquéritos em atraso”. A Ordem diz que o Governo deve reforçar “as equipas no terreno” que estão a fazer inquéritos epidemiológicos “e concentrar os recursos nos novos casos”.

“Relembramos que, para esmagarmos a 2.ª onda e salvarmos a saúde e a economia nacionais, todos, coletivamente, e cada um de nós, individualmente, somos indispensáveis para com serenidade e responsabilidade enfrentarmos e vencermos esta ameaça global”, remata a nota.

ZAP //

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