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Operação antiterrorista em Reims cerca suspeitos do atentado de Paris

A polícia francesa avançou esta noite com uma operação antiterrorista em Reims, a cerca de 130 quilómetros de Paris, na sequência do ataque contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, noticiou a agência France Presse.

A operação está a ser levada a cabo por uma unidade de elite da polícia francesa para deter os suspeitos do ataque de Paris, que fez 12 mortos e mais de uma dezena de feridos, disse fonte oficial.

A mesma fonte apelou aos jornalistas no local para terem a “maior prudência”, ao prever vários cenários adversos, como a possibilidade de os suspeitos escaparem às autoridades ou haver um tiroteio.

A imprensa francesa noticiou a identificação e a localização de três homens suspeitos de terem perpetrado o ataque.

Entre os suspeitos estarão dois irmãos franceses, Said Kouachi e Cherif Kouachi, com 32 e 34 anos, respetivamente,e o jovem Hamyd Mourad, de 18 anos, cuja nacionalidade ainda não é conhecida.

Três homens vestidos de preto, encapuzados e armados atacaram hoje de manhã a sede do Charlie Hebdo, no centro de Paris, provocando 12 mortos (10 vítimas mortais entre jornalistas e cartoonistas e dois polícias) e 11 feridos, quatro dos quais em estado grave.

Os autores gritaram “Allah Akbar” (Alá é Grande) e “afirmaram pretender vingar o profeta” Maomé.

Entre as vítimas do ataque estão os conceituados cartoonistas Stéphane “Charb” Charbonnier, 47 anos e diretor da publicação, Jean “Cabu” Cabut, 76 anos, Georges Wolinksi, 80 anos, e Verlhac “Tignous” Bernard, 58 anos.

O jornal satírico tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu voltar a publicar ‘cartoons’ do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polémica em vários países muçulmanos.

robwatling / Flickr

 Said Kouachi e Cherif Kouachi, com 32 e 34 anos, suspeitos do ataque contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo

Said Kouachi e Cherif Kouachi, com 32 e 34 anos, suspeitos do ataque contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo

/Lusa

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