OMS declara fim da emergência global de covid-19. A pandemia continua

Jean-Christophe Bott / EPA

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje o fim da emergência global para a covid-19 a nível global, aceitando a recomendação do comité de emergência.

“No último ano, o comité de emergência e a OMS têm estado a analisar dos dados com cuidado, considerando quando seria o tempo certo para baixar o nível de alarme”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus em conferência de imprensa.

“Ontem, o comité de emergência reuniu-se pela 15.ª vez e recomendou-me que declarasse o fim da emergência global. Eu aceitei esse conselho”, anunciou Ghebreyesus.

“É portanto com grande esperança que declaro o fim da covid-19 como emergência global de saúde. É tempo de os países deixarem para trás do estado de emergência”, acrescentou o responsável da OMS.

“Esta foi uma decisão que estivemos a ponderar cautelosamente durante algum tempo”, acrescentou Ghebreyesus, citado pelo Financial Times.

A declaração oficial do fim da emergência global de saúde foi publicada no site da OMS.

COVID-19 é o nome oficial, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada por um novo coronavírus, o SARS-COV-2, que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia.

Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, que foi detetado na China, no final de 2019, e o seu nome significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2”.

A Organização Mundial da Saúde decidiu atribuir à doença causada pelo SARS-COV-2 um nome que fosse fácil de transmitir e que não indicasse nenhuma localização geográfica, animal ou grupo de pessoas. O nome, COVID-19, resulta das palavras “corona”, “vírus” e “doença” com indicação do ano em que surgiu, 2019.

As autoridades chinesas consideram porém que a doença deveria mudar de nome, uma vez que “coronavírus é imediatamente relacionado com uma doença causadora de pneumonia”, quando se trata de um “vírus infeccioso”.

De acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde, desde 2 de março de 2020, quando foram notificados os primeiros casos de covid-19, e até dia 13 de março deste ano, Portugal registou mais de 5,5 milhões de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, tendo mais de havido 26 mil mortes.

O último dos 10 centros de vacinação contra a covid-19 a funcionar em Lisboa encerrou a 27 de março. Nos dois anos em que estiveram a funcionar , estes espaços administraram 1,48 milhões de vacinas.

Segundo dados  divulgados em setembro pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge, neste momento quase todos os portugueses estão imunes à covid-19: 95,8% das pessoas que vivem em Portugal têm anticorpos contra o coronavírus. A região Norte e os jovens entre 20 e 29 anos são os “mais protegidos”.

ZAP // Lusa

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