Líder na China considera que coronavírus é imediatamente relacionado com uma doença causadora de pneumonia. Agora é um “vírus infeccioso”.
A COVID-19 apareceu há três anos como designação da doença pandémica que “fechou” o mundo – e a sua designação nunca mais foi alterada.
COVID significa coronavirus disease, ou seja, doença do coronavírus. 19 está na sua designação porque esta variante foi diagnosticada em 2019, na China.
Precisamente na China surgiu nesta quarta-feira uma sugestão: é altura de mudar o nome da doença.
Gu Xiaohong disse ao jornal estatal Beijing Daily, em declarações citadas pela agência Reuters, que coronavírus é imediatamente relacionado com uma doença causadora de pneumonia. Agora é um “vírus infeccioso”, sugeriu.
Gu Xiaohong lidera a Associação Chinesa de Medicina e é um nome muito famoso e respeitado na medicina tradicional chinesa.
Defende que mudar a designação do vírus seria acompanhar as mudanças, as mutações do vírus, que se têm multiplicado ao longo dos últimos três anos.
Aliás, a associação liderada pelo próprio especialista já chegou a um consenso para alterar a sua descrição do vírus.
A China, continua o especialista, deve também mudar a sua abordagem em relação às medidas de isolamento para as pessoas infectadas: sugere sobretudo que as pessoas com sintomas leves possam recuperar em casa – como acontece em praticamente todos os outros países.
As autoridades chinesas têm “apertado” muito a população local (a famosa política covid-zero): testes generalizados e quarentena de casos positivos em instalações especializadas, por exemplo.
Gu acha que, na China, deve-se mudar de “detecção passiva” para “prevenção activa”.
O primeiro caso de coronavírus apareceu oficialmente no dia 17 de Novembro de 2022, precisamente na China.
Mais de três anos depois, e na sequência do recente levantamento de restrições, a normalidade parece estar mais próxima.
O mais difícil já passou, admitem os chineses.