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Óculos de Realidade Aumentada podem ajudar pessoas com problemas de visão

Scott Song / USC Roski Eye Institute

Óculos de Realidade Aumentada podem ser a solução perfeita para pacientes com dificuldades na visão periférica ou em ver com pouca luminosidade.

Alguns problemas na visão podem afetar consideravelmente a qualidade de vida das pessoas. A retinite pigmentosa, por exemplo, é uma doença oftalmológica genética que, numa fase avançada, pode reduzir severamente a visão periférica do paciente, afetando a sua mobilidade.

Uma investigação recente provou que o uso de óculos de Realidade Aumentada pode ajudar estes pacientes, que muitas vezes têm de recorrer a utensílios como bengalas para se movimentarem. Esta tecnologia proporcionou progressos até 70% nos pacientes testados.

Num percurso com obstáculos, aqueles que usavam óculos de Realidade Aumentada colidiam 50% menos vezes com os objetos. De acordo com o Tech Explorist, além de se conseguirem movimentar melhor, os pacientes também conseguiam executar tarefas manuais com uma maior precisão.

“Com o uso da Realidade Aumentada, o nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida de pacientes com visão reduzida, aumentando a sua confiança na execução de tarefas básicas, permitindo, por fim, que eles tenham uma vida mais independente”, explicou Anastasios N. Angelopoulos, autor do estudo publicado em agosto na revista Scientific Reports.

E como é que a tecnologia funciona? O sistema de Realidade Aumentada sobrepõe objetos dentro de uma estrutura com quatro cores brilhantes e específicas. Desta forma, os óculos fornecem sinais visuais de cores que ajudam os pacientes a interpretar ambientes complexos em situações com pouca iluminação.

Ajudando os pacientes a ganhar uma nova perceção de espaço e profundidade, a tecnologia poderá começar brevemente a ser comercializada. No entanto, há ainda alguns entraves, nomeadamente a nível de preços e alguns problemas técnicos.

“Embora os principais problemas técnicos e de custo permaneçam, este tipo de tecnologia pode eventualmente ser prática para uso diário”, ambicionou Mark Humayun, diretor do Instituto de Terapêutica Biomédica da Universidade do Sul da Califórnia.

ZAP //

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