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Nunca houve tantos portugueses a ganhar 3000 euros limpos ou mais

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Atualmente, existem cerca de 37,5 mil portugueses com salários superiores a três mil euros limpos, o número mais alto desde que começaram os registos do Instituto Nacional de Estatística.

No primeiro trimestre deste ano, o número de trabalhadores por conta de outrem que ganham três mil euros ou mais líquidos por mês disparou 30% face ao igual período de 2017, atingindo o valor mais alto das séries do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Assim, existem atualmente em Portugal cerca de 37,5 mil pessoas com salários superiores a três mil euros, avança esta quinta-feira o Diário de Notícias. Este número fez com que o salário líquido médio da economia subisse 3,5%, fixando-se em 876 euros mensais.

Segundo o matutino, há vários fatores que ajudam a explicar o aumento significativo dos empregos em que se ganha mais de três mil euros limpos: a eliminação gradual da sobretaxa do IRS (medida que deixou para o fim o acerto dos salários mais altos), a subida do salário mínimo, a criação de emprego mais forte em profissões mais qualificadas.

O relatório divulgado esta quarta-feira pelo INE mostra que as condições do mercado de trabalho estão a melhorar. Exemplo disso é a taxa de desemprego total que baixou para 7,9% da população ativa, o desemprego jovem que caiu para 21,9% e o número de desempregados que procuram emprego há um ano ou mais que recuou mais de 28%.

Além disso, o ritmo da criação de emprego continua acima dos 3%. O emprego total aumentou 3,2%, tendo a economia ganho quase 149 mil postos de trabalho em termos líquidos em um ano. Portugal tem assim cerca de 4,8 milhões de pessoas com trabalho.

Soma-se ainda os contratos de trabalho sem termo que subiram 105,4 mil ou mais, para 3,5%, enquanto que a contratação a prazo avançou 7,1% e os contratos mais precários (contratos de prestação de serviço; trabalhos sazonais sem contrato escrito; trabalhos pontuais ou ocasionais) aumentaram mais de 3%, totalizando 140 mil.

De acordo com os cálculos do DN, a precariedade está a recuar. Embora haja mais de 870 mil pessoas oficialmente mais precárias, este grupo vale agora 21,7% do total do trabalho por conta de outrem, peso que está a cair há dois trimestres consecutivos.

O INE explica ainda que o aumento homólogo da população empregada se deveu ao acréscimo do emprego entre as mulheres (mais 80,4 mil, ou 3,5%); entre pessoas dos 45 aos 64 anos (acréscimo de 117,2 mil ou 6,1%); e entre os que completaram o ensino secundário ou pós-secundário (85,5 mil ou 7%).

ZAP //

15 Comments

  1. Para infelicidade de alguns, parece que o Diabo já não não quer nada connosco. Uma boa geringonça aparenta ser mais eficaz a afastar o mafarrico do que um crucifixo.
    Mais ainda é capaz de haver algum Montedeesterco a pensar que mesmo estando as pessoas melhor, o país está pior…

  2. Não acredito.
    Querem tapar o Sol com a peneira, ou querem fazer dos Portugueses burros.
    É evidente que o n.º de boys aumentou de forma substancial, mas isto nada tem a ver com a rapaziada que produz e acrescenta riqueza ao País.
    Isto cheira-me a encomenda ao INE, visando desviar atenções.
    E por aqui me fico.

  3. Com tantas e infaliveis estatísticas seria também importante que fossem discriminadas as remunerações deste escalão, nomeadamente, quantos estão entre os 3000 euros e os 10000 euros mensais, entre os 10000 e os 100000 euros e os que estão acima deste valor.
    Para completar o gráfico já agora o número dos que ganham até 800 euros mensais.
    Espero que os técnicos destes números aceitem este pedido e divulguem estes números.

  4. Esta notícia demonstra a terrível realidade dos Portugueses e de Portugal.
    -> Se existem 37.500 pessoas a ganhar mais de 3000€ limpos é de acreditar que mais ou menos o mesmo número de pessoas deverá ganhar mais do que esse valor (se fosse maior de certeza que a noticias mencionaria essas pessoas como referência!). Portanto, aproximadamente 4.700.000 (+/- 4.800.000 de portugueses estão ativos a trabalhar!) de pessoas ganham menos. Se o ordenado médio é de 876 significa que a grande maioria (mais que 4.500.000) estão a ganhar muito próximo do ordenado mínimo.
    -> Apesar de nada ser referido no artigo, a grande maioria destes salários são no função pública. que lamentavelmente é o empregador mais “falido” de Portugal.
    Por outras palavras, a classe que poderia gerar riqueza para pagar a nossa dívida é na verdade a classe que está a ajudar a se gerar dívida.
    A médio prazo o pais vai acabar por colapsar outra vez…

  5. SUGESTÃO de título para a próxima notícia:

    “Há cada vez mais professores com vinte anos de serviço a ganhar €1000”.

    Qual recuperação, qual quê…

  6. Os portugueses não são burros, mas há muitos que são poucos inteligentes e nem sequer sabem analisar o que lhes é dado a ler: por acaso alguém duvida disto? 37.500 portugueses em vários milhões de trabalhadores é muito pouco! Quantos politicos existem a ganhar isso? Uns milhares. Quantos diretores de serviço, juízes, médicos, advogados, engenheiros, etc… e quadros superiores ganham isso? Uns milhares! Quantos administradores ganham muito mais que isso? Umas centenas! Se pensarmos, e fizermos bem as contas, vamos concluir que até existirá mais gente a ganhar mais de 3.000 euros, só que alguns não foram tidos em conta nas estatísticas, que andam sempre um pouco longe da realidade (basta ver último valor por m2 das casa em Lx e Porto) e outros até o recebem por fora… A mim só me deixa triste e perplexo que sejam tão poucos a ganhar o que os alemães, nórdicos, franceses, e muito outros ganham em média. Esse valor ganham os Suíços como ordenado mínimo! Raios, esta noticia só significa o quanto somos POBREZINHOS!

    • 700 ital mil? isso é o minimo não? o problema se for como alguns anos atraz, os que estão a tirar curços proficionais tambem são contados como activos, por isso deve ser mais que duvidoso esses números, a maior parte da população ganha mais ou menos o ordenado mínimo

  7. Eu acredito que tão poucos ganhem mais de 3000 mil liquidos. se fizermos as contas dá 0,357%

    ou seja os “1%” em portugal nem chegam a 0,5%

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