O XXIV Governo Constitucional vai integrar 17 ministros além do primeiro-ministro, um número semelhante ao do último executivo de António Costa, e será o terceiro mais paritário da democracia, com 41% da equipa governamental composta por mulheres.
Segundo a composição do Governo hoje proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, e a que o Presidente da República deu assentimento, o executivo terá um total de 17 ministros.
Este número é igual ao do último Governo de António Costa, que agora termina funções, e também ao primeiro liderado pelo primeiro-ministro cessante, que tomou posse em 2015.
De resto, é preciso recuar ao início do século para encontrar executivos com números semelhantes: tanto o XV Governo Constitucional (2002-2004), liderado por Durão Barroso, como o XIV (1999-2002), que tinha António Guterres como primeiro-ministro, tinham igualmente 17 ministros.
Na história da democracia portuguesa, houve seis executivos com 17 ministros, sem contar com o primeiro-ministro, e só quatro, num total de 23, tiveram um número superior.
O último Governo de Aníbal Cavaco Silva (1991-1995), o primeiro de António Guterres (1995-1999) e o executivo de Santana Lopes (2004-2005) tomaram todos posse com 18 ministros.
Já o XXII Governo Constitucional (2019-2022), o segundo de António Costa, iniciou funções com 19 ministros, o maior número na história da democracia portuguesa.
Igualdade de género
Em termos de igualdade de género, o executivo hoje apresentado por Luís Montenegro ao Presidente da República é o terceiro mais paritário da história da democracia portuguesa, com 41% da equipa governamental composta por mulheres, menos do que os últimos dois executivos.
Há, no total, sete mulheres: Rita Júdice (Justiça), Margarida Blasco (Administração Interna), Ana Paula Martins (Saúde), Maria do Rosário Palma Ramalho ( Trabalho, Solidariedade e Segurança Social), Maria da Graça Carvalho (Ambiente e Energia), Margarida Balseiro Lopes (Juventude e Modernização) e Dalila Rodrigues Cultura).
Este número só é ultrapassado por dois executivos de António Costa: o XXII e o XXIII Governo Constitucional, que agora termina funções.
Este último foi o executivo que tomou posse com mais mulheres na história da democracia portuguesa (nove) e o primeiro composto por mais ministras do que ministros, com 52% da equipa governamental a ser integrada por mulheres.
Em relação ao XXII Governo Constitucional, o segundo de Costa, o executivo hoje apresentado por Luís Montenegro só tem menos uma mulher (sete, contra oito), mas a proporção é quase semelhante: atualmente são 41%, contra 42% em 2019.
Quatro independentes e a mais nova de sempre
O novo governo integra quatro independentes, menos três do que os sete do último governo de António Costa: Rita Júdice (Justiça), Margarida Blasco (Administração Interna), Maria Rosário Ramalho (Trabalho) e Dalila Rodrigues (Cultura).
Além destes ministérios, há mais um que vai ser assumido por um ministro sem cartão de militante do PSD: Nuno Melo, presidente do CDS/PP e novo Ministro da Defesa Nacional.
São também quatro os eurodeputados que agora deixam o Parlamento Europeu para integrar o novo governo: Paulo Rangel, Maria da Graça Carvalho, José Manuel Fernandes e Nuno Melo.
Num governo com uma média de idades a rondar os 55 anos, a nova ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, com 34 anos, passa agora a ser a mais nova ministra de sempre.
A antiga presidente da JSD ultrapassa, por alguns meses, a Ministra da Habitação do último governo, Marina Gonçalves, que chegou ao executivo de António Costa com 35 anos.
ZAP // Lusa
Ao contrário dos governos de António Costa este não tem qualquer ministro pertencente às minorias étnicas africana e asiática. Deve ser para conquistar o apoio do Chega…