A alimentação saudável pressupõe que esta deva ser completa, variada e equilibrada, proporcionando a energia adequada e o bem-estar físico ao longo do dia.
Alimentos ricos em fibra como produtos hortícolas, frutos, cereais e leguminosas, vitaminas, sais minerais e com baixo teor de gordura devem ser os “alimentos base” do quotidiano para uma alimentação saudável.
Num novo estudo, publicado na npj Aging, a equipa de cientistas procurou compreender os processos biológicos do envelhecimento e a forma como nos pode ajudar a alcançar, a longo prazo, uma vida saudável.
Para entender melhor estes processos, os investigadores relacionaram a velocidade a que o nosso cérebro envelhece com os nutrientes da nossa alimentação.
Os investigadores avaliaram o envelhecimento do cérebro através de exames cerebrais de ressonância magnética e de avaliações cognitivas.
“Investigámos biomarcadores de nutrientes específicos, tais como perfis de ácidos gordos, conhecidos na ciência nutricional por potencialmente oferecerem benefícios para a saúde”, afirma o neurocientista e líder do estudo Aron Barbey, em comunicado.
Segundo o ScienceAlert, os cientistas cruzaram registos de exames cerebrais com dados de ingestão nutricional de 100 voluntários com idades compreendidas entre os 65 e os 75 anos, procurando ligações entre determinadas dietas e um envelhecimento cerebral mais lento.
A equipa identificou dois tipos diferentes de envelhecimento cerebral, e o envelhecimento mais lento foi associado a uma ingestão de nutrientes semelhante à que se obtém com a dieta mediterrânica.
Os ácidos gordos e os antioxidantes foram alguns dos biomarcadores benéficos identificados. Adicionalmente, já se verificou que os carotenóides reduzem a inflamação no corpo e protegem as células de possíveis danos.
Outro biomarcador benéfico associado a um envelhecimento mais lento nesta investigação foi a colina, que se encontra nas gemas de ovos e na soja crua.
“O presente estudo identifica padrões específicos de biomarcadores de nutrientes que são promissores e têm associações favoráveis com medidas de desempenho cognitivo e saúde cerebral”, conclui Barbey.
As evidências de que a nutrição desempenha um papel significativo na forma como o cérebro envelhece são cada vez mais numerosas — e cada novo estudo ajuda a compreender a forma como o cérebro está “ligado” a outras partes e funções do corpo.