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Amiga de Rangel investigada em seis processos mantém-se em funções no Estado

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António Pedro Santos / Lusa

O juíz desembargador Rui Rangel

Esta quinta-feira, a Polícia Judiciária realizou buscas ao escritório de Natércia Pina, no âmbito do inquérito Operação Lex.

A Polícia Judiciária realizou buscas ao escritório de Natércia Pina que, segundo o Expresso, foi constituída arguida no processo da Operação Lex e é investigada em mais cinco processos judiciais – burla, corrupção, tráfico de influências e abuso de confiança.

Embora Natércia Pina seja arguida na Operação Pratos Limpos, que investiga a sua atividade enquanto diretora dos serviços hoteleiros do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, relacionada com concurso para a exploração de cafetarias e refeições nos hospitais públicos, as buscas ao seu escritório prendem-se com as suspeitas de troca de favores com o juiz Rui Rangel, disse à Lusa fonte ligada à investigação.

O juiz é um dos arguidos do inquérito Operação Lex e está indicado pelos crimes de recebimento indevido de vantagens, branqueamento de capitais, tráfico de influência e fraude fiscal.

De acordo com o Diário de Notícias, as alegadas trocas de favores entre Natércia Pina e Rangel relacionam-se com supostos pagamentos de despesas do juiz, em troca de decisões judiciais favoráveis para a arguida em causa.

Em resposta à Lusa, a Procuradoria-Geral da República confirmou a realização de uma busca no âmbito da Operação Lex, sem indicar nomes, acrescentando que “não foram constituídos novos arguidos”.

A informação das buscas foi avançada pelo Correio da Manhã, que acrescenta que Natércia Pina ainda se mantém em funções como diretora dos serviços hoteleiros do Centro Hospitalar Lisboa Ociental (CHLO).

Segundo o jornal, os investigadores descobriram mensagens trocadas entre Rangel e o advogado Santos Martins, suposto testa de ferro do juiz, que evidenciam o pagamento de suborno. “Tem estado a juntar as receitas dos restaurantes e amanhã já paga. Ainda é um valor considerável, 1300 euros”, escreveu Santos Martins.

A Operação Lex foi desencadeada a 30 de janeiro e envolveu mais 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, tendo sido acompanhadas por José Souto de Moura, juiz conselheiro e antigo procurador-geral da República.

O Estádio da Luz, as casas do presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, de dois juízes (Rui Rangel e Fátima Galante) e três escritórios de advogados foram alguns dos alvos.

Rui Rangel e Fátima Galante são dois dos 13 arguidos desta operação que envolve, entre outros, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares, e ainda João Rodrigues, advogado e ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

A Operação Lex teve origem numa certidão extraída da Operação Rota do Atlântico.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. estes corruptos e vigaristas é sempre a mesma M—- e não há quem os trave porque todos os politicos, juízes, governantes, advogados, banqueiros e afins fazem o querem , são eles que mandam neste quintal (imaginem se fosse o país grande…)

  2. Esse deveria ser metido atrás das grades e deixá-lo lá a apodrecer. Um juiz da relação e a vender bitaites na TV. Onde isto chegou…!

  3. … Portugal um país decadente e a superar a corrupção a nível mundial…depois querem ser exemplo de bonzinhos…olha o caso Vicente ? que puta de figura cá fizemos…

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