Federação Académica de Lisboa não marcou presença na inauguração, apesar de ter sido convidada.
O anúncio da inauguração por parte de Carlos Moedas de uma residência universitária privada gerou indignação entre os utilizadores da rede social Twitter. Em causa estão os preços praticados por quarto, os quais podem variar entre os 700 e os 1100 euros por mês.
“Inaugurámos a nova Residência de estudantes no Campo Pequeno. Trabalhamos diariamente para aumentar a oferta de habitação: através do setor público e do privado, do setor social e cooperativo“, escreveu o presidente da Câmara de Lisboa na sua conta na rede social.
No entanto, as críticas não se fizeram esperar. “Não há vergonha na cara mesmo. Falta de respeito por todos”, foi um dos comentários deixados na aplicação. “Isto não resolve problema algum“, escreveu outro utilizador.
Outra mostra de descontentamento surgiu por parte da Federação Académica de Lisboa, que recusou marcar presença na inauguração.
“Recebemos convite, mas tomámos a decisão de não ir. Estes custos não são comportáveis para a maioria dos estudantes a frequentar o ensino superior”, explicou ao Correio da Manhã Catarina Ruivo, presidente do organismo.
De acordo com a mesma representante, a FAL não está contra as iniciativas privadas, desde que estas sejam “acompanhadas de uma aposta pública a preços comportáveis”.
Este sábado, Carlos Moedas anunciou um pacote “histórico” de 85 milhões de euros para os bairros municipais de Lisboa.
Numa intervenção na conferência que assinalou os 30 anos do Programa Especial de Realojamento (PER), uma iniciativa da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas salientou que estas verbas contam com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), numa iniciativa secundada pela ministra da Habitação, Marina Gonçalves, e pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
Carlos Moedas reforçou que a Câmara Municipal de Lisboa tem atualmente “1.000 habitações em construção”, além de outras 1.000 que foram construídas ou reabilitadas ao longo do último ano e que representaram um investimento de 40 ME na renovação dos bairros municipais.
Não admira que Federação Académica de Lisboa não marcou presença, com quartos a 1100 euros … Quem consegue pagar? Só os ricos. A Câmara investiu dinheiros públicos numa obra privada? Era só o que faltava.
Mau… então mas o Estado (e embora as Autarquias não sejam Estado, vou enfiar tudo no mesmo saco) queixam-se que os privados são uns ladrões especuladores e depois cobram 1.100 euros por um quarto numa residencial universitária?!!!!!?????!! Esta gente tem de ser toda internada.
Esta nova “residência universitária” é privada.. de universitária só tem o nome para atrair os mais ricos e/ou ingénuos…
E ler?
Quem cobra 1100€ são privados!
Não é o “Estado” que cobra, mas se no caso dos senhorios particulares é um escândalo cobrar valores bem menores do que estes (como várias reportagens e opiniões de políticos deixaram claro no passado) ,como é que é agora aceitável patrocinar este tipo de oferta indo à respectiva inauguração? Isto é, condena-se por menos e aplaude-se se o valor é superior?!
Assim já sabemos o que ia acontecer se o PSD voltasse a ser governo. Seria assim que se “resolveria” os problemas da saúde e da educação. E talvez até os tribunais fossem privatizados…
Boa observação é precisamente para aí que estamos a caminhar. O dinheiro compra tudo….
Cá está o comunista Nuno Cardoso, o tal que está de acordo com os milhões de roubos na TAP e outros milhares em gatunagens diversas do executivo nacional
Silvas há muitos.
Se o homem aluga casas por 1 100€ é porque deve ganhar o triplo disso! para ele, é muito barato casas a esse preço!! a culpa é do Oftalmologista!