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Namorada do Ministro do Ambiente nomeada para cargo em empresa pública

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A namorada do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, foi nomeada para o cargo de vice-presidente do conselho de administração da Águas do Norte. A nomeação de Fernanda Lacerda foi feita por um órgão tutelado pelo governante e coincidiu com o início da relação.

João Matos Fernandes é o mais recente elemento do Governo a estar envolvido na polémica das relações familiares que tem marcado a actualidade política nacional.

Depois de se ter ficado a saber que a ex-mulher do ministro, Ana Isabel Marrana, foi nomeada duas vezes para organismos da tutela do Ambiente, enquanto era casada com o governante, surge agora a notícia de que a namorada de Matos Fernandes também foi nomeada para um cargo numa empresa pública.

Fernanda Lacerda foi apontada para vice-presidente do conselho de administração da Águas do Norte pelo grupo estatal Águas de Portugal, que é tutelado pelo Ministério do Ambiente, como apurou o Correio da Manhã (CM). A nomeação aconteceu em Junho de 2018 e coincidiu com o início da relação com o ministro, frisa o jornal.

A engenheira civil de 46 anos já era administradora da Águas do Norte desde 2016, e foi “eleita em Assembleia-Geral para o mandato 2018-2020”, acrescenta uma fonte do gabinete de comunicação da empresa pública ao CM.

Ela passou por um processo de “avaliação de mérito” e recebeu um “parecer favorável” da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CReSAP), segundo afiança o Jornal de Notícias (JN).

Matos Fernandes e Fernanda Lacerda trabalharam juntos na Águas do Porto, entre 2014 e 2015, quando ela desempenhava funções de directora e ele era presidente, realça o JN. A engenheira tem no currículo 20 anos de experiência no grupo ADP – Águas de Portugal.

Ministro não fala da “vida pessoal”

Confrontado com este dado, Matos Fernandes recusou tecer quaisquer explicações. “Não sei do que está a falar, não lhe vou falar de nada da minha vida pessoal“, afirmou aos jornalistas.

Sobre o caso da ex-mulher, negou que tenha tido quaisquer benefícios, argumentando que Ana Isabel Marrana “foi chefe de gabinete de uma pessoa com quem trabalhou durante dez anos antes disso e foi para o Ministério do Ambiente sem ter sido nomeada” por si.

“Depois disso voltou para a sua vida profissional normal e, ao abrigo da disposição que todo e qualquer funcionário público pode recorrer, pediu para sair da CCDR-N [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte] para ir para a APA [Agência Portuguesa do Ambiente]”, acrescentou o governante.

Ana Isabel Marrana “não foi nomeada”, mas sim “requisitada”, assevera também o ministro, frisando que a ex-mulher “trabalha há mais de 30 anos sempre na área do ambiente”.

À margem do lançamento de um concurso para a expansão da rede de metro em Vila Nova de Gaia, no Porto, o ministro do Ambiente refere também que ainda não há um sucessor para o secretário de Estado do Ambiente que se demitiu depois da polémica com o primo que nomeou para adjunto.

“Ainda não está decidido. Para a semana haverá novidades”, realça Matos Fernandes.

ZAP // Lusa

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7 Comments

  1. Portugal consegue mais um feito.
    Conseguiu transformar a República numa Monarquia.
    E, vem estes Sr. apregoar as boas regras da ética.
    Só que deviam ter a coragem de dizer, estes são os nossos princípios, pois unidos dificilmente seremos vencidos.

  2. grande novidade! continua como deputada uma tal marilú swap que após ter causado uma crise mais conhecida como a birrinha do irrevogável, que nos custou milhões de euros chegou a chefe de finanças depois de ter andado a vender swap’s e hoje em simultâneo desempenha sujas funções na arrow um grupo mafioso a quem deu enormes facilidades quando era chefe de finanças o que não deixa dúvidas quanto à finalidade deste tacho que é receber o fruto do roubo que fez aos contribuites a favor destes mafiosos além do que rouba todos meses através da assembleia onde leva uma vida de cão.

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