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Na Galiza, abre-se com medo a porta aos turistas. Presidente da região quer travão se voltarem contágios

Alberto Morante / EPA

Espanha vai abrir as fronteiras com os países do espaço Schengen a 21 de junho. A única exceção será Portugal.

Alberto Núñez Feijóo, presidente do governo da Galiza, tem receio de que a abertura das fronteiras favoreça novo surto da pandemia e pede expressamente “uma norma de saúde pública que permita proibir a mobilidade entre territórios se o número de contágios for elevado”.

Apesar de Espanha ser o quinto país do mundo com mais casos de covid-19, os peritos que assessoram o Governo consideram que a situação está controlada. Aliás, segundo o Expresso, as cifras de novos contágios, com uma taxa de 3,6 casos por cada 100 mil habitantes, cumprem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para permitir um aligeiramento das medidas de confinamento.

O turismo está entusiasmado, já que é o setor que calcula perdas diárias de 5.000 milhões de euros por dia. Esta segunda-feira, começaram a chagar às ilhas Baleares os primeiros turistas vindos da Alemanha e tanto o governo da região como os empresários organizaram um “corredor seguro” para levar a Maiorca e Ibiza perto de 11 mil cidadãos alemães e comprovar a capacidade destes destinos para voltar à normalidade.

De acordo com o semanário, o primeiro voo do corredor, procedente de Dusseldorf, chegou esta segunda-feira de manhã, prevendo-se mais 47 nas próximas duas semanas.

À chegada, os passageiros tiveram de se submeter a controlos de temperatura corporal e receberão uma chamada diária dos serviços de saúde para controlar a sua localização. Apesar de não estarem brigados a cumprir a quarentena de 14 dias decretada para qualquer outro viajante estrangeiro que entre em Espanha até 21 de junho, terão de aceitar ser isolados caso haja novo surto da doença.

No próximo dia 21 de junho será também levantado o estado de emergência, a ferramenta constitucional que restringiu os espanhóis durante três meses. Mas o levantamento faz-se a medo por todo o país.

Esta segunda-feira, Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, lançou um novo apelo à “unidade” dos cidadãos e à responsabilidade individual no cumprimento das medidas de proteção. “É, como nunca antes, a hora dos cidadãos.”

ZAP //

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