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Na Estónia, em vez de dar multas, polícia põe condutores a meditar

Tradicionalmente, quando um condutor é apanhado a infringir o limite de velocidade, segue-se o pagamento de uma multa. Mas nem sempre esta reprimenda provoca a desejada reação, com a maioria dos condutores a voltar a prevaricar.

A polícia estónia encontrou uma solução que parece ser mais eficaz – e que não pesa tanto no orçamento do condutor. De acordo com a Err, a estação pública de televisão local, as autoridades passaram a obrigar os condutores mais apressados a um período de “meditação” forçado quando são apanhados acima do limite de velocidade, em vez de os multarem de imediato.

Quando apanhado a circular até 20 quilómetros por hora acima do limite, os condutores são convidados a fazer um intervalo de 45 minutos, em alternativa à multa tradicional, com o tempo de espera à beira da estrada a subir para 60 minutos se a infração oscilar entre 21 e 40 quilómetros por hora.

Esta medida visa encontrar novas formas de consciencializar os condutores, mas só está acessível a quem nunca foi multado por excesso de velocidade. Segundo a polícia, um período de reflexão e de conversa com os agentes no local é mais eficaz como chamada de atenção do que avançar diretamente para a autuação.

Os polícias também testarão a mesma técnica pelo menos uma vez nas próximas duas semanas. “Com base nessas operações policiais, recolheremos informações sobre os motivos pelos quais os condutores justificam a quebra do limite. Estamos a analisar o impacto de diferentes intervenções para encontrar soluções mais eficazes, porque o objetivo é que os autores realmente mudem o seu comportamento“, disse Elari Kasemets, conselheira de inovação da polícia da Estónia ao mesmo meio.

Em 2018, na Estónia, 67 pessoas morreram em acidentes de viação e 1.824 ficaram feridas. O número é bastante superior ao de 2017.

ZAP //

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