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Na Austrália, as bicicletas são o novo papel higiénico

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A pandemia de covid-19, que ditou uma série de restrições de circulação desde meados de março, fez disparar a procura por bicicletas na Austrália.

De acordo com o diário britânico The Guardian, os vendedores de bicicletas da Austrália não estão a conseguir dar resposta a toda a procura causada pela pandemia, temendo mesmo uma rutura de stock destes velocípedes.

Somos o novo papel higiénico e toda a gente quer um pedaço. Não conseguimos acompanhar as vendas. O telefone toca sem parar”, disse Grant Kaplan, um dos responsáveis por uma loja de bicicletas em Sydney, em declarações ao mesmo jornal.

O mesmo jornal dá conta que os funcionários tiveram de redobrar turno, fazer horas extras e até deixarem de fazer reparações para processar a “onda” de novas encomendas.

Por norma, a vendas chegavam aos aos 10 mil dólares (cerca de 6 mil euros) num sábado “normal”. Agora, ascendem aos 40 mil dólares (cerca de 23 mil euros) até à semana.

“Andar de bicicleta permite praticar exercício ao mesmo tempo que se mantém o distanciamento social”, explicou Nathan Ziino, responsável de outra loja de bicicletas.

Ziino acredita que a procura desenfreada continuará mesmo quando as medidas de restrição forem levantadas, uma vez que muitas pessoas terão de voltar ao trabalho e não quererão arriscar em deslocar-se através dos transportes públicos.

Os vendedores temem uma rutura de stock, uma vez que a maioria das bicicletas vendidas pelas grandes empresas de Sydney é produzida em Taiwan e na China, locais onde as fábricas interromperam a produção.

Em março, a utilização de transportes públicos caiu cerca de 75% em de Sydney.

Às 15h00 desta quarta-feira, a Austrália registava 6.547 casos positivos de covid-19, tendo a lamentar 67 vítimas mortais.

A pandemia de covid-19 já matou quase 178 mil pessoas e há mais de 2,5 milhões de infetados em todo o mundo, desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00. De acordo com os dados da agência, a partir de dados oficiais, foram registadas 177.822 mortos e mais de 2.571.880 infetados em 193 países.

Pelo menos 583.000 foram consideradas curadas pelas autoridades de saúde.

ZAP //

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