/

“Mutilados e assados vivos”: o destino dos escravos nigerianos vendidos na Líbia

3

United Nations Photo / Flickr

O ex-ministro da Cultura lamenta e denuncia a difícil situação enfrentada por africanos subsaarianos que partem para a costa mediterrânea com esperança de uma vida melhor na Europa, mas são capturados e tratados como escravos.

Em julho passado, a Organização Internacional de Migração (OIM) alertou para a venda de escravos em mercados públicos líbios. Pelo menos 20 mil foram capturados por criminosos e levados para centros de detenção.

Os nigerianos chegam à Líbia para atravessar o Mediterrâneo e entrar na Europa, à procura de uma vida melhor. Infelizmente, a maioria nunca chega a pisar solo europeu. Muitos dos que tentam mudar de vida acabam nas mãos de traficantes e sofrem barbaridades que não parecem deste século.

Fani-Kayode, advogado formado em Cambridge, assegura que três quartos das pessoas capturadas por criminosos e vendidas como escravos na Líbia são do sul da Nigéria.

“Os corpos são mutilados. Os órgãos são extraídos e depois assados. É este o destino dos muitos africanos que procuram a Europa. São vendidos como escravos, assassinados, mutilados, torturados e obrigados a trabalhar até à morte”, denuncia o advogado.

O portal International Business Times diz que Fani-Kayode também criticou o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, por não fazer o suficiente para proteger as vítimas.

Além disso, lamenta que o ditador Muammar Gaddafi tenha sido derrubado do poder, já que a sua saída abriu portas para o crime organizado prosperar na Líbia.

De acordo com o canal CNN, as vendas efetuam-se nos arredores da capital Trípoli, onde se realizam os leilões para vários tipos de trabalho braçal. Uma operação recente revelou que, nos mercados de escravos, africanos são vendidos e comprados por 400 dólares, ou seja, cerca de 340 euros.

3 Comments

  1. Ni9slao a pratica da escravidão é natural como respirar ,nunca foi considerado crime ,veja-se os países da península Arabica nunca extinguiram escravidão e sempre a praticaram ate aos dias de hoje

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.