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Multidão para ver ondas gigantes na Nazaré. Câmara corta acesso ao Farol

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A Câmara e a Capitania da Nazaré decidiram cortar o acesso pedonal à estrada do Farol, para conter a excessiva concentração de público que assiste às ondas gigantes e garantir condições de segurança, informou o capitão do Porto.

“O acesso pedonal vai ser proibido e vamos apelar à dispersão das pessoas concentradas junto ao Forte de S. Miguel para tentar reduzir os aglomerados“, disse à agência Lusa o comandante do Porto da Nazaré (distrito de Leiria), Zeferino Henriques.

Em causa está a presença de milhares de pessoas que hoje se concentraram nas arribas da praia do Norte, depois de ter sido anunciado nas redes sociais que se esperavam ondas gigantes, para quarta e quinta-feira.

O cenário “atrai muitos surfistas estrangeiros e portugueses para surfar na praia do Norte, e simultaneamente pessoas de vários países que se deslocam para assistir”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.

Porém, em ano de pandemia a afluência de público levanta problemas de segurança, já que “não é um evento, que depende de autorizações e normas das entidades de saúde”. Por outro lado, “é complicado, mesmo do ponto de vista legal, condicionar a circulação de pessoas, porque nem o país, nem a Nazaré estão fechados”, acrescentou Chicharro.

Dada a afluência de milhares de pessoas, a Capitania do Porto da Nazaré empenhou para a praia do Norte todos os meios da Estação Salva-Vidas (para socorro no mar), da Polícia Marítima, para atuar em terra, e conta ainda com o reforço da PSP, dos bombeiros, da proteção civil municipal e de uma empresa turística privada, que dá apoio aos surfistas.

Ainda assim, o capitão do Porto manifestou “grande preocupação com eventuais quedas de pessoas na falésia” e, por outro lado, “com o cumprimento das normas neste contexto pandémico”.

Quer a capitania, quer os bombeiros estão a fazer alertas “em várias línguas, para que as pessoas usem a máscara” (obrigatória ao ar livre desde quarta-feira quando não possa estar assegurado o distanciamento) e “cumpram o distanciamento social e a etiqueta respiratória”, disse Zeferino Henriques.

O facto de se tratar de “um concentração espontânea” de milhares de pessoas e não “um evento programado e com regras específicas torna ainda mais importante apelar à responsabilidade de cada um para que cumpra todas as normas de segurança, quer em termos de segurança individual, quer da proteção em contexto pandémico”, sublinhou o responsável local da autoridade marítima.

As ondas gigantes na praia da Nazaré antecedem o período de espera para o campeonato de ondas grandes, previsto para o próximo mês de novembro.

// Lusa

5 Comments

  1. Isto é uma vergonha. Enquanto uns responsáveis cumprem, há uma grande maioria que se está marinbando. Isto mesmo nas barbas das autoridades. Mas o principal responsável é este (des)governo, que atira as medidas e depois fica calado. Não é proibir um evento na hora, mas ter to….. , proibindo antes.
    Mas atenção… os turistas estão isentos das medidas que circulam em Portugal.
    Não se admirem de cada vez mais a população nacional estar com um azedume à politiquice.

  2. Mais uma prova de que HÁ FALTA DE PAÍS. Depois do Algarve com o automobilismo (e era a pagar), estava certo que, na Nazaré e de “borla”, haveria enchente. Mas o DESgoverno está lá para receber o bom e não para pensar no superior interesse dos portugueses.

  3. Que mais dizer ???????……………….. As Autoridades Locais vêm o lucro, estando-se a borrifar para as consequências. Pena pesada para este Imbeciloïdes desmiolados a começar por o Edil Local e Presidente da Câmara.

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