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As mulheres podem usar gravata? Professora diz que está errado e ameaça aluno com falta

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nicholasjon / Flickr

O ministério da Educação tem em mãos um conflito sobre igualdade de género ocorrido na Escola Secundária de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, depois de uma professora de Inglês ter considerado errada a resposta positiva de um aluno à pergunta se as mulheres poderiam usar gravata.

O caso é relatado pelo Jornal de Notícias (JN) e baseia-se na versão do aluno Eduardo Couto, que frequenta o 11.º ano do Curso Profissional de Técnico Comercial na Escola Secundária de Santa Maria da Feira.

Está em causa um Teste de Inglês e, particularmente, uma pergunta onde a professora questiona se “mala de mão”, “gravata”, “boné”, “collants“, “colar”, cachecol” e “cinto” são “acessórios de homem ou de mulher”. O aluno respondeu a todos os itens “ambos” e a professora considerou que, no caso de “gravata”, “boné” e “collants“, ele estava errado.

O aluno divulga no seu perfil do Facebook esta parte do teste com a pergunta que parece demasiado básica para o nível de ensino do 11.º ano, incluindo as suas respostas e a correcção da professora.

Eduardo Couto contestou a correcção da professora na sala de aula. “Apesar de não se mostrar receptiva à minha opinião, tentei explicar com exemplos práticos”, explica o aluno ao JN, notando que é “normal existirem mulheres com gravata ou homens com collants“.

Mas perante a sua insistência, a professora terá ameaçado que, caso não parasse de argumentar, lhe aplicaria “uma falta disciplinar”, como garante o estudante.

Eduardo Couto, que é simpatizante do Bloco de Esquerda e que foi “o mais novo delegado a discursar na convenção” deste partido, em Novembro passado, como destaca o JN, promete que vai continuar a debater-se por “uma sociedade igualitária”, frisando que “a roupa não tem género”.

A direcção da Escola não tomou qualquer posição pública sobre o caso. Mas o Ministério da Educação terá sido chamado a intervir, segundo o JN.

ZAP //

2 Comments

  1. … o que eu comento é a falta de pensares que sirva a todos e neste caso a professora tem direito ao seu pensar mas não pode faltar ao respeito do pensar do aluno que a meu ver o seu teste está todo correto, a professora que pare para pensar e não para ameaçar o que é não pode ser negável a liberdade de pensar.

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