Um primeiro-ministro que mostrou que não é eleitoral. Mas “não está bem a ver” as consequências do que decidiu.
A privatização da TAP foi em 2015 mas origina consequências políticas em 2024.
Um relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) revelou que há suspeitas de crime: a empresa foi comprada com o próprio dinheiro.
Na altura da assinatura do acordo da privatização, o secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações era Miguel Pinto Luz, agora ministro das Infraestruturas e Habitação.
Luís Montenegro demorou a reagir, mas disse na terça-feira que Miguel Pinto Luz vai continuar a ser ministro: “Ele não sai fragilizado. Sai fortalecido pelo seu excelente trabalho”, dando como exemplos a localização do novo aeroporto ou a estratégia para a ferrovia.
Ana Sá Lopes tinha previsto o contrário: o “pragmatismo” do primeiro-ministro originaria o afastamento imediato do ministro. Mas, afinal, não.
Num relatório que não deve ser desvalorizado, Miguel Pinto Luz é “responsável por danos à TAP”.
“Imaginem o que diria Luís Montenegro como líder da oposição se fosse com Pedro Nuno Santos“, continuou a comentadora, no Público.
Em relação à parte de Miguel Pinto Luz estar “fortalecido”, Ana Sá Lopes avisou: “Nenhuma criança de 6 anos acredita nisso”.
A especialista em política avisa que o primeiro-ministro “não está bem a ver” o cenário real: manter o ministro “vai ser muito prejudicial”.
Ana Sá Lopes desmente a ideia de Montenegro querer eleições legislativas em breve: “Podem ainda não ter percebido, mas o PSD não vai querer eleições. Se este é o primeiro caso penoso para o Governo, a reacção de Montenegro mostra que o primeiro-ministro não vai dar importância a elementos penosos“.
Já Helena Pereira estranhou o facto Luís Montenegro não ter falado logo de manhã, quando o relatório tinha sido divulgado no dia anterior, segunda-feira.
“Foi estranho ter fugido dos jornalistas (na manhã de terça-feira). É inacreditável não ter lido o relatório. O próprio Montenegro alimentou este clima”, analisa.
Mas o seu foco é outro: lembra que Luís Montenegro tinha insistido que não é eleitoralista.
“Hoje dou-lhe razão: se fosse realmente eleitoralista, não tinha gerido este episódio de uma forma tão trapalhona“. Um episódio “fácil de se perceber”, segundo a comentadora: a empresa que compra a TAP não tinha dinheiro para comprar a TAP”.
Sobre as justificações que o primeiro-ministro deu para manter Miguel Pinto Luz no Governo… “Foi reacção tão fraca, trapalhona, que não ajuda nada numa campanha eleitoral” – portanto, sim, os pensamentos de Luís Montenegro estarão mesmo distante de novas eleições.
Mas este Montenegro é outro sanguessuga do Estado, vai meter os Portugueses a descontar novamente para pagar as Dividas que o Pinto Cruz vai criar, ainda bem que não votei nele nem no PS , por isso não me considero dos culpados da Ruina a que está a ser levada Portugal
Estranhamente aqueles que aqui dantes escreviam cobras e lagartos sobre o anterior responsável da pasta e o anterior governo … agora parece que nem leem as noticias … não lhes dá jeito — bem feito … engulam sem mastigar…..