Na primeira vez que falou publicamente sobre a confusão do IRS, o primeiro-ministro não quis aprofundar o assunto.
O primeiro-ministro recusou nesta segunda-feira “aprofundar” a proposta em torno do IRS e remeteu para o momento em que for aprovada pelo Conselho de Ministros, sublinhando que governa para cumprir promessas eleitorais e não para a “abertura dos telejornais”.
Luís Montenegro foi questionado várias vezes sobre a proposta de descida do IRS (imposto sobre o rendimento de pessoas singulares) por jornalistas em Madrid, numa conferência de imprensa ao lado do homólogo de Espanha, Pedro Sánchez, e respondeu sempre que não era “nem a hora nem o local próprio para aprofundar este tema”.
“A medida de desagravamento fiscal que apresentámos no parlamento português na semana passada será agora alvo de uma decisão do Conselho de Ministros, como também foi anunciado, e será depois aprofundado em detalhe todo o seu alcance”, acrescentou.
Luís Montenegro disse ainda que o executivo português que lidera não vai governar “a pensar na abertura dos telejornais, nem das páginas dos jornais do dia seguinte” ou “reboque daquilo que, com muita propriedade e com toda a legitimidade se comenta na praça pública”.
O primeiro-ministro insistiu, a este propósito, por diversas vezes, em que “os portugueses podem estar tranquilos” porque o Governo vai “empreender toda a energia” no cumprimento das promessas e das propostas que a Aliança Democrática durante a campanha eleitoral.
“Não há verdade nem lealdade maior de um governo do que cumprir aquilo a que se propôs em campanha eleitoral e é nisso que o governo português está absolutamente focado, em cumprir a palavra, o compromisso, o contrato que estabeleceu com o povo português na última campanha eleitoral”, afirmou.
A polémica em torno das medidas de redução do IRS surgiu depois de, em entrevista à RTP na sexta-feira, o ministro das Finanças ter dito que os 1.500 milhões de euros de alívio no imposto, referidos pelo primeiro-ministro no debate do programa do Governo no parlamento, não vão somar-se aos cerca de 1.300 milhões de euros de redução inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor, explicando que a medida rondará os 200 milhões de euros.
// Lusa
Claro que não quis aprofundar! Como fazê-lo sem se afundar ainda mais?
A culpa é dos telejornais, pá!!
Bem …..sempre se vai “Governando” ….não é ?