José Sena Goulão / LUSA

André Ventura e Luís Montenegro no Parlamento
Sem referir a carta com o pedido do secretário-geral do PS, primeiro-ministro garante: quer “o maior consenso possível” e Chega é tão importante como o PS.
Luís Montenegro pôs “os pontos nos i’s” esta segunda-feira: o Chega é “alternativa futura de Governo” e, por isso, não fica de fora de assuntos como um consenso sobre o aumento do investimento público na área da Defesa.
O aviso, que põe o PS e Chega em pé de igualdade, foi dirigido ao novo secretário-geral socialista, José Luís Carneiro, que apelou, em carta ao primeiro-ministro, que seja negociado um “acordo estratégico” entre PS e PSD para um “Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa”.
Apesar de não ter comentado diretamente a carta de Carneiro, Montenegro recordou a tradição de alinhamento entre PSD e PS em matérias de política externa, Segurança e Defesa, defendendo que é “essencial” construir uma estratégia de longo prazo com ampla base parlamentar. Garantiu que haverá resposta e mostrou-se disponível para incluir outros partidos nas negociações: não disse quais, mas deu pistas.
“Acho que esses [o PS e o Chega] são os mais importantes porque obviamente são aqueles que se afiguram no contexto político-partidário como as alternativas futuras de Governo“, disse Luís Montenegro na conferência da SIC Notícias de ontem.
“Admito que o Governo tem condições e a disponibilidade para ter um consenso alargado na Assembleia da República com os dois maiores partidos da oposição e, eventualmente, com mais partidos”, sublinhou.
“Não há parceiros preferenciais”, reforça esta terça-feira o ministro dos Assuntos Parlamentares: “nós, neste momento, como aliás eu disse quando entreguei o programa de Governo, falamos com todos, com todos, com todos, parafraseando alguém muito melhor do que nós”, sublinha.
As críticas do PS em relação ao diálogo do Executivo com o Chega “parecem ser críticas de quem não tem mais nada a criticar”, aponta ainda Carlos Abreu Amorim, em declarações à agência Lusa.
“O PS sentiu-se enxofrado, pelos vistos, pelo facto de, no pacote da imigração, nós termos — imagine-se —, reconhecido que existe um problema e querermos resolver esse problema. E o PS continua a negar a existência do problema. Ora, quem nega o problema não quer participar na solução”, disse ainda Abreu Amorim.
Ontem, o primeiro-ministro reconheceu ainda os desafios envolvidos no objetivo de aumentar o investimento público na Defesa até aos 5% do PIB (3,5% direto e 1,5% indireto) num horizonte até 2035. Para já, o maior obstáculo ao aumento imediato do investimento (de 1,55% para 2% do PIB em 2025) é operacional, e não financeiro, disse.
Montenegro alertou também para as ameaças constantes no ciberespaço: Portugal também está “em guerra” no plano digital, avançou.
“Não é Não”. Nunca digas que desta agua não beberei.
Agua o que me assusta, é este Salto-Mortal à retaquarda. Com gente deste calibre nunca se sabe o que fazem amanhã.
O Sr. Esteves devia ter tido a visão e alcance suficiente que o CH era efectivamente uma Carta a não descartar, como arrogantemente fez e repetiu vezes sem fim. Portanto comprova-se que a sua visão e alcance da situações se resume a miopia do muito perto (imediato).
Agora espero que o CH percebe que estã metido com um Polvo Socialista, audaz e perigosos e não se deixe acorrentar pelos seus tentaculos e veneno.
Cuidado com esses PSD´s, são que não regula muito bem da cabeça, são gente do “cada um puxa a brasa à sua Sardinha” , gente que vale tudo menos tirar olhos.
O “Não é não” referia-se à coligação. Agora que são a segunda força política, mau era se os excluísse. É preciso criticar o que é criticável e aceitar o que é aceitável, neste caso acho aceitável a frase : Só os burros é que nunca mudam de ideias.
Vergonha de gente q nem palavra têm. Na próxima n voto PSD. Isso é garantido! Talvez na extrema esquerda encontre refúgio à extrema direita… Já nem isso sei!
Estás aí com tretas quando o que tu és é um pelintra esquerdoide.
Quando o Costa, em 2015, perdeu as eleições e fez um flic flac juntando-se às extremas esquerdas, lembram-se? Aí a esquerda achou muito bem, o que conta é o parlamento e tal, agora provam do mesmo veneno, com a diferença que não é surpresa nenhuma e há pontos de contacto entre TODOS os partidos de direita, sempre houve. O povo é quem mais ordena certo?
Montenegro é inteligentíssimo. Ele viu logo o que o PS queria: ir entrometendo-se no governo com algumas propostas, para o condicionar e guindar-se sorrateiramente como alternativa futura. Só que Montenegro viu logo a jogada.