Momento decisivo? Rússia vai entrar no “coração” da Ucrânia se conquistar Chasiv Yar

Oleg Petrasyuk/EPA

Militares ucranianos vão fazer os possíveis e os impossíveis para travar os milhares de ataques russos. Mas o território central da Ucrânia está sob maior ameaça.

Chasiv Yar será a maior preocupação do exército da Ucrânia, nesta fase da guerra com a Rússia.

O aviso já tinha sido dado. E, nas últimas semanas, os russos têm conseguido avanços praticamente diários nesta cidade a leste da Ucrânia, situada no Oblast de Donetsk.

Tem 18 km² de área e está quase vazia, como outras cidades ucranianas. Um ano depois do início do conflito, quase todos os seus habitantes já tinham fugido da guerra.

Mas Chasiv Yar está numa localização privilegiada: como está no topo de uma grande colina, há maior controlo da região e os bombardeamentos ficam mais fáceis e eficazes a partir dali. A Rússia iria controlar mais o Leste da Ucrânia.

A Rússia está a avançar, os ucranianos estão com muitas dificuldades em travar o inimigo. Embora estejam a fazer “os possíveis e os impossíveis” para a Rússia não controlar Chasiv Yar, diz o governador de Donetsk.

Vadym Filashkin contou à Sky News que a região está a ser alvo de 1.500 a 2.500 ataques diarios russos, entre artilharia e ataques aéreos.

Desde a conquista de Avdiivka, a Rússia estará a duplicar as conquistas no Donbass. Se Chasiv Yar cair para o lado russo, o Donbass poderá a ser controlado pela Rússia praticamente na totalidade. Em poucos dias, ou semanas.

Se isso acontecer, a Rússia vai entrar no “coração” da Ucrânia, avisa a Sky News, que recupera o discurso do governador de Donetsk: “O inimigo avançará. Se – Deus me livre – isso acontecer, o inimigo avançará ainda mais para o território central do nosso país“.

A região no Leste está a ser a mais castigada nesta guerra: “Provavelmente ainda não foram inventadas as palavras necessárias para descrever toda a raiva que sentimos”.

Para já, ainda são os ucranianos a controlar Chasiv Yar. Mas a situação para o lado ucraniano é “muito intenso e brutal“, admitiu um comandante local.

ZAP //

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