Os planos da empresa não receberam o apoio público de Miguel Pinto Luz. Mas, na reunião, não houve qualquer aviso por parte do ministro.
A CP – Comboios de Portugal pensou em comprar 16 comboios, já a pensar na futura ligação de alta velocidade. A operação custaria 520 milhões de euros.
No entanto, o ministro das Infrastruturas já colocou um travão nessa intenção, durante uma audição no Parlamento.
“Não vamos comprar tantos comboios como a CP queria. A CP tinha uma ambição de comprar comboios e ficar com uma quota de 80%. Acreditamos que isso não é saudável para o mercado”.
“A CP não terá o monopólio e nem sequer será maioritária”, acrescentou na altura o ministro Miguel Pinto Luz.
Esta postura surpreendeu a administração da CP, segundo o jornal Público.
É que já tinha havido reunião com o Ministério das Infraestruturas sobre o plano para a alta velocidade mas, nessa altura, Miguel Pinto Luz não apresentou qualquer entrave às ideias da empresa.
Se a CP não comprar os comboios que tinha planeado, deve ser anulado o plano de ter um comboio a partir de 30 em 30 minutos entre Lisboa e Porto. E com duas carruagens nas horas de ponta.
Prevê-se que a primeira fase da nova linha de alta velocidade Porto-Lisboa (viagem que vai demorar 2h) fique pronta em 2030.