Esta segunda-feira, a ministra da Administação Pública disse, em entrevista à Antena 1, que não poda excluir o congelamento das carreiras. Já na quarta-feira, em declarações à TSF, Alexandra Leitão mudou o discurso.
Em entrevista à TSF, a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, alinhou-se ao discurso do primeiro-ministro de que a recuperação económica não será feita através de uma linha de austeridade. “O Estado tem de pilotar a retoma, com investimento público e com a recusa de políticas de austeridade, que retirem rendimentos às pessoas”, disse a ministra.
Para Alexandra Leitão, cabe ao Estado “um papel pro-activo e de contra-ciclo”. Nesse sentido, a ministra afirmou que “não é retirando rendimentos à economia – seja a particulares ou a empresas – que vamos conseguir ter esta intervenção contra-cíclica”.
Na entrevista, a ministra foi confrontada com a contradição entra a defesa desta estratégia e a possibilidade de congelar os rendimentos e as carreiras dos milhares de funcionários públicos. “O que digo é que não é o caminho que vamos seguir“, respondeu Alexandra Leitão, admitindo que “os próximos meses serão cruciais” para a definição das medidas a tomar para o relançamento da economia.
“Sempre numa lógica de responsabilidade, temos de assumir que podemos ter de fazer ajustes. Mas, neste momento, não vislumbramos que esses ajustes passem por cortes ou congelamentos”, explicou.
Alexandra Leitão admitiu mesmo que o aumento salarial para os funcionários públicos em 2021 é uma hipótese em cima da mesa. “A questão de um aumento, qualquer que ele seja, naturalmente depende da evolução da trajetória do país”, disse. “Neste momento não excluo esse cenário”.
A ministra deixou ainda claro que “um dos factores importantes nesta equação” será o montante que a União Europeia decidir atribuir a Portugal como forma de compensar a perda de receitas provocada pela pandemia de covid-19.
Estas declarações surgem dias depois de a ministra da Administração Pública ter admitido que num cenário de austeridade, fazer cortes salariais “não será a primeira opção” do Governo, mas o congelamento de carreiras depende do evoluir da situação económica e não pode ser excluída “liminarmente”.
Os sindicatos que representam a Função Pública reagiram de imediato, recusando “liminarmente” a hipótese de congelamento de carreiras e a travagem nos aumentos salariais prometidos para o próximo ano.
No início de maio, a ministra também disse no Parlamento que, apesar de ser um compromisso “que gostaria de conseguir honrar”, não garantia aumentos salariais de 1% na Função Pública em 2021.
Como pessoa, a figura já não ajuda; como ministra, a imprecisão nas declarações, muito menos. Que tal fazer um bom TPC, antes de abrir a boca?
Ok.
Portanto se Portugal ficar mais pobre, onde vamos buscar e a quem vamos tirar dinheiro para dar à função pública?
Sempre achei que a função pública, como pública que é, devia caminhar ao lado da saúde financeira do país, mas em Portugal parece que a função pública tem uma velocidade própria!
Esta tem andado a comer muito.
É como a maioria do funcionalismo público. Como têm o emprego garantido, vamos lá a… roçar o dito pelas paredes.
Claro…!!! enquanto uns funcionários públicos andaram a roçar os ditos no meio do suor das túnicas e batas a tentar salvar pessoas outros, privados roçavam os ditos no sofá em pseudo tele-trabalho. Generalizar é fácil, difícil é ser objectivo.
Grande objectividade, mas só falou da saúde.
Esqueceu aqueles que ficaram sem trabalho porque as empresas fecharam, e não eram funcionários públicos.
Esqueceu-se das empresas que tiveram que contrair créditos para suportar, como diz, “os que roçavam os ditos no sofá”, não são empresas públicas e esses créditos terão de ser pagos.
Que tal falarmos daqueles que já passam fome porque viram os seus rendimentos desaparecerem, não encontra aí nenhum funcionário público.
Mas pode falar dos funcionários judiciais, dos funcionários do ensino, dos funcionários das repartições públicas, dos funcionários dos postos médicos locais, etc, esses são mesmo funcionários públicos e foram apoiados pelo estado, que somos todos nós, e não contraíram créditos, não terão que devolver o que receberam.
Grande objectividade a sua.
Não retiro o mérito aos profissionais de saúde que tanto esforço fizeram e continuam a fazer, apenas gostaria que tomasse em atenção que os técnicos fora da área da saúde e distribuição de bens de primeira necessidade foram obrigados pelo governo a ficarem confinados em casa, “a roçar os ditos no sofá”, como diz.
“Joe”, não viu o meu 1º parágrafo!
(Digo: “período”)
Os FPs que metem nojo, não são médicos, enfermeiros, bombeiros, etc.. , são a cambada de incompetentes , burocratas, “paus mandados”, e afins que ocupam espaço (quando estão lá) em repartições, escritórios e departamentos com funções que não servem absolutamente para nada de útil ,e apenas para nos complicar e nos humilhar a vida, e que tem sempre mais direitos que os que supostamente deviam “servir”. Não confunda o útil e necessário com o inútil e desprezível. Se os trabalhadores das empresas estão lay-off, se há menos produção, comércio, etc, porque não estão os FP que encrencam a vida dessas pessoas e dessas empresas tb em lay-off? Servem o quê? Se a ministra errou ao voltar atrás, não sei , mas o bafo do sindicato passou a máscara dela de certeza. E Joe, suponho que você nem é medico, nem enfermeiro, nem bombeiro, nem etc.